vinho quente, noturno, sem rosto...

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vinho quente, noturno, sem rosto...

é quase como se soubesse

quantos dentes de leite tem na minha boca

a hora, a causa da minha morte

que eu preciso de mãos no meu ombro

me dizendo que está tudo bem

enquanto enche mais meu copo de um vinho capaz

até

de deixar meu pano de chão roxo

você sabe que se eu não escrever este poema

algo mais forte

pode vim

e me tomar a noite

e me esfaquear com algo que não é uma faca

é minha própria garrafa de vinho,

é meu amor, que há muito tempo

não vem

me

visitar.

o homem que trocou todos seus poemas por amorOnde histórias criam vida. Descubra agora