nos embaralhamos como cartas num baralho quando nos olhamos por tanto tempo,
não recuamos perante ao outro.
quando eu te fiz aquele convite
para passar a noite comigo,
eu te convidei para derrubar aquele quarto em cima de mim
eu a convidei para botar fogo no meu coração,
eu a convidei para um novo sentimento,
eu trouxe minha mão a sua barriga
e no escuro eu trouxe meu amor a nós,
estávamos apaixonados, perdidos, estávamos
fudidos, dissemos um ao outro que poderíamos morrer ali mesmo
que não importava o meu ou
o seu passado,
o meu ou o seu futuro,
que poderíamos deixar tudo para trás
sem nem questionar
se o amor fosse um mapa mental
daqueles no quadro
do fundamental
onde se puxa inúmeras sub-definições
essa seria uma nova definição
seríamos pioneiros
povoariamos um novo mundo
com essa sensação
não sei o que fui antes,
ou porque fui o que fui antes,
cigana,
diaba,
dissimulada,
o escuro
agora
tem
a
sua
forma.
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o homem que trocou todos seus poemas por amor
Poésiepor tudo que foge, por tudo que afunda, por tudo que não pode ser outra coisa senão o que é. pelo poema atrás da minha orelha como uma moeda.
