nosso caso é acesso restrito
nada menos que um poema violento
ausência de nós, para se obter uma idealização
de nós,é o parafuso que se solta na falta da graxa e espreme
os ossos de um coitado qualquer,
nada menos que disparos de fuzil de assaltoseu nascimento foi uma vertigem nos olhos de zeus,
o caça-níquel quebrado deslizando moedas,
o autocontrole se afundando em tosse e morrendo numa clínica de ricos,
a destruição dos gentis,
tua cintura são minhas mãos e minhas mãos são tua cintura,
no escuro temos a forma que quisermosse não gosta de mim assim
eu posso ser uma ideia abstrata
posso residir num outro continente
para que me ame de longe
a Ásia corpórea,deixe que eu seja nibiru
e te encontre de frentecom minhas mãos de cirurgião
te vire de costas, te desenhe em si mesma numa incisão,
numa brincadeira de artista te pinte de branco por dentro,quando você dormir
haverá silêncio na concentração dos baleados,
e eu vou te lembrar, e eu hei de lembrar
e eu estou sempre lembrando,
te aguardando nos sonhos,
seu morfeu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
o homem que trocou todos seus poemas por amor
Poetrypor tudo que foge, por tudo que afunda, por tudo que não pode ser outra coisa senão o que é. pelo poema atrás da minha orelha como uma moeda.