erro meu

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rostos tristes na rodoviária,
um militar armado,
uma mãe com sua criança
e eu.

na viagem avisto um cavalo gordo num estábulo ao ar livre, não é meu corseu.

sofro muito só
pelo modo como me tratou da última vez,
sei que mereci,
anjinho.
nossos sentimentos bons
são papéis na chuva

a mais de duzentos quilômetros
vejo um bar com seu nome,
sou um escaravelho amassado,
minha tristeza adulta
com cinto de segurança
expande teu corpo que faz parte do todo
para fora da nossa ilusória família no sítio,
eu aprenderia a trocar um pneu, construir uma casa na árvore,
eu ainda sou um homem

tudo isso vale nada
o poema talvez seja comprimido demais para ser um poema,

um dia quem sabe
você me enxergue de forma exagerada,
e no teu doce desespero
devoremos as horas
antes que a realidade
nos devore.

o homem que trocou todos seus poemas por amorOnde histórias criam vida. Descubra agora