seus lábios nos meus soam tão macios, quero uma macieira para deitar em baixo e descansar minha dor, quero um intervalo curto entre um gole e outro, onde estão os bêbados, onde está a bêbada que profetizou algo na nossa frente, a veia da minha testa desce até meu coração e causa um alagamento, sua observação com seus olhos perseguidores, sua testa na minha, você vivenciando a dor, eu vivenciando a morte, enquadre meus olhos, enquadre meus olhos, se eu fosse um anjo, teria aquele olhar, aquele olhar, escrevo para que antes que o esquecimento de tudo devaste a terra, devaste nossas mentes cansadas, memórias de quando éramos jovens, selvagens e livres, hei de tocar seu coração, hei de herdar o sol na montanha que nasce diante da minha retina tão fatigada e adorada pela maconha que eu fumei, há de haver editores loucos, há de ver quem leia isto, há de haver força para beber isto rápido, antes que a morte morda meu calcanhar, (ela tentou me alcançar de manhã) presencie a minha queda, há uma orquestra regida pela rejeição, meu sorriso de quem não presta, de quem pede que fuja a cada olhar dado, minha auto sabotagem,
antes tivesse tomado tal curva
antes o carro explodisse no ar
nós seríamos estrelas carbonizadas
nós teríamos o rosto do abstrato
e eu te amaria para sempre
como em Vanila Sky.
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o homem que trocou todos seus poemas por amor
Poesíapor tudo que foge, por tudo que afunda, por tudo que não pode ser outra coisa senão o que é. pelo poema atrás da minha orelha como uma moeda.
