o gato bebe água humildemente, lambida após lambida
suas pupilas parecem espadas,
quem contará a história dessas mangas,
quem dirá que é um milagre, abandonadas no chão, apodrecendo, quando
certamente
deveríamos nós mesmos subir lá em cima
e busca-las, e aproveita-las, não?
se não, eu?
algo em mim,
algo em mim
me diminui,
me fere.
lembro-me de ler
em algum lugar
de um homem careca que as vezes
só as vezes
se considerava piegas,
ele dizia ser capaz de chorar
com a mão quente de um neném na sua cabeça.
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o homem que trocou todos seus poemas por amor
Puisipor tudo que foge, por tudo que afunda, por tudo que não pode ser outra coisa senão o que é. pelo poema atrás da minha orelha como uma moeda.