ao conversar comigo
dê-me a oportunidade
de olhar somente nos meus olhos
ouvir, realmente ouvir o que tenho sonhado
dizer,
garanto que irá me amar
como filhotes amam seus ninhos,
meu sol que reluz como ouro
tua pele para mim é como encarar o mar
sonhei que nos beijavamos em doces sonhos de caranguejos escondidos
na areia
encarar o mar é senti-lo nos olhos
meu cantil está vazio,
eu posso senti-la nas pálpebras
deusa do impossível, não consigo conte-lá
rouba meu sono, meu amor, o enquadramento da minha memória
pequena criatura de olhos enormes
posso colocá-la em Hollywood
na frente dos cortes, quando tudo que eu escrever rodar a Europa
e meus sapatos não obtiverem mais furos colecionados, e minhas roupas não colecionarem mais anos,
até que eu pare de contar moedas para comprar
laranjas.
enquanto não acontece
engulo-a gelada, esfumaçando, loura
com o sorriso de quem chegou acompanhado pelos mortos
para comer os últimos pedaços
do bolo.
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o homem que trocou todos seus poemas por amor
Şiirpor tudo que foge, por tudo que afunda, por tudo que não pode ser outra coisa senão o que é. pelo poema atrás da minha orelha como uma moeda.
