calado e quieto, 27 dias sem um poema
27 dias em neurose, em caverna, aprisionado no canto quente da mente,
de noite, na madrugada, quase nunca ao meio dia
essa onda me arrasta até as ruas de sp
as avenidas, os viadutos
as sombras, os contrastes
a analogia presente entre a cidade e os próprios habitantes
os milhares de cigarros pelo chão
e a ironia das ruas cheirarem a morte
e a madrugada a vida.
nuvens presas num acidente com uma ambulância no trânsito,
insanidade
e o próprio olhar perdido das drogas nos manos,
em mim.
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o homem que trocou todos seus poemas por amor
Puisipor tudo que foge, por tudo que afunda, por tudo que não pode ser outra coisa senão o que é. pelo poema atrás da minha orelha como uma moeda.