Hi baby Victor

717 92 5
                                    

Medo, ansiedade e muito medo. Era isso e mais um pouco que Camila conseguia sentir e pensar naquele momento.

Luiza se assustou quando percebeu que estava sangrando. Desde o início soube, imaginava, que sim, seu filho poderia nascer de um parto antecedente, só
não queria levar isso tão ao pé da letra.

Tentou se manter estável, apenas para não piorar a situação. lmaginou que quando a bolsa finalmente estourasse, ela poderia entrar em pânico e soltar o ar com dificuldade por conta da euforia que tomaria conta de si, mas tudo o que ela conseguia pensar no momento, era o medo de perder o filho.

Então ela se manteve calma. Para ajudar a não aflorar os sentidos maternais de Valentina também, mas parece que não adiantou muito, já que a hispânica começava a entrar em pânico, desde o momento em que haviam saido de casa.

- Vamos Luiza! Meu deus! Pra que tomar banho mulher?!- perguntou nervosa enquanto andava de um lado para o outro, a veia do pescoço saltava para fora e era visível o grau de estresse da morena aquela hora.

- Valentina por favor, sem pânico. - Luiza pediu em tom sereno, ao sair do banheiro lentamente, se enrolou em uma toalha vermelha e começou a se
enxugar.- Já ligou pra Priscila? - perguntou e a morena negou. - Então ligue.

- Não vou te deixar sozinha. - Valentina reclamou buscando as roupas de Luiza dentro do closet

- Eu não vou morrer, estamos bem. - Luiza pareceu tentar mais se convencer do que qualquer outra pessoa.

- Poderiamos ser mais rápidas?

- Valentina, nem parece que vocêé médica na área. - Luiza bufou terminando de por o vestido de malha
em algodão, que marcava a barriga. - Melhor irmos, antes que algo de ruim aconteça.

Então, Valentina foi se tremendo e se cagando toda dentro do carro, ela mal conseguia dirigir na velocidade que precisava, Luiza estava por quase a
esmaga-la.

- Eu estou bem. - Luiza dizia baixinho pra si mesma, tentando se convencer.

- Oi Mônica! - Luiza cumprimentou a atendente,ao chegar no hospital.

- Senhorita Rulli? O que fazes aqui tão cedo assim? - perguntou.

- Minha namorada, a bolsa dela rompeu e ela está tendo um sangramento.- explicou pra mulher que começou a digitar algumas coisas no computador. -
Priscilla a espera no quinto andar. - a mulher assentiu.

- Um enfermeiro já foi busca-lá no carro.

- Como sabe disso? - perguntou confusa e logo a garota apontou para um lugar atrás de si, Valentina  olhou e viu a amada sentada na cadeira de rodas,
sendo empurrada por um homem forte em direção do elevador. - Amor! Aonde você vai? - chegou perto de onde Luiza e o homem estava.

- Estou indo pro quinto andar, não se preocupe. Fique aqui e preencha minha ficha, depois pegue nossas bolsas e suba, okay? - sorriu fino acariciando as mãos de Valentina.

- Posso tentar. - sussurrou. - Eu te amo, - disse assim que Luiza adentrou o elevador.

- Eu também amo você, amor. - Luiza sussurrou.

Valentina mordeu o lábio inferior, ela estava com medo, muito medo, era gritante o quão nervosa ela estava.

Voltou até Mônica e preencheu toda a ficha de Luiza, ligou para Christopher e avisou o que estava acontecendo, ligou também para sua mãe e seu pai, eles não demoraram, e logo estavam os cinco dentro do elevador, subindo para a ala da maternidade.

- Vai ficar tudo bem, meu anjo. - Angel acalmou a filha que suspirou alto se confortando nos braços da mãe.

Sofia, Alice, Bruna, Niall, haviam ficado na responsabilidade de Normani aquela madrugada. A negra não trabalharia , e por não ser da área das
meninas, ela não tinha que aparecer ao hospital, ficou encarregada de cuidar dos pequenos, junto com Amber.

Ao chegarem na ala, os quatro mais velhos seguiram para a sala de espera, já fora informado que o bebê iria nascer, ele precisava.

Valentina se vestiu adequadamente, com as roupas verdes de acompanhante para a cirurgia, entrou na sala e sorriu contente ao ver todas as suas amigas
reunidas para salvar a vida dos amores da sua vida.

Gabriella conversava com um estagiário, ela estaria ali para esperar o pequeno nascer, e tomar conta dele.

Priscilla conversava com amila, que estava sentada na maca, recebendo a injeção em suas costas.

- Eu estou com medo. - Luiza disse pra Priscila que suspirou.

-Você tem tentando por anos ter um filho, vai desistir agora? - perguntou sorrindo. - Luiza, estamos todas
aqui com você, não vamos deixar nada acontecer com vocês dois. - Valentina se aproximou, apertando as mãos de Luiza.

- Vamos lá então. - Luiza disse e ambas sorriram.

A latina deitou- se na maca, seus olhos estavam marejados, tudo o que ela queria era ter seu filho nos braços.

- Fica calma, não vou sair do seu lado. - Valentina disse sentando - se no banco ao lado de Luiza.

- Obrigada amor. - agradeceu. -Esse pano em minha frente, está me dando nos nervos. - respondeu rindo nervosa.

- Logo a anestesia vai fazer efeito e você vai ficar com vontade de dormir, mas não durma. - Luiza assentiu.

- Vamos começar. - Priscilla avisou, já estava com as máscaras e as luvas.

A loira maior pegou uma caneta, marcou a linha na barriga da amiga, aonde seria cortado para poder tirar o bebê. Em seguida, segurou o bisturi, levando até a linha.

Sua mão apertou sobre a pele, puxando um caminho até o fim daquela linha, Gabriella virou o rosto para o outro
lado, era agoniante ver tudo aquilo.

Priscilla repetiu o processo por mais algumas vezes, e logo o útero já era visível, debaixo de todo aquele
sangue.

- Certo, iremos tirar o pequeno. - avisou.

- Sabe? Imagino nos três lá em casa, vai ser tão perfeito. - Valentina sussurrou acariciando os cabelos de Luiza, que sorriu fraco e cansada.

Priscilla cortou a camada do útero, e logo um braço miudinho saiu para fora. A polinésia sorriu puxando o afilhado para fora.

- Cinco e vinte da manhã. -0 assistente disse.

-O que? Nasceu? - Valentina perguntou afoita. - Priscilla!

- Valentina, Calma. - pediu Priscilla desesperada por dentro, Victor tinha o cordão enrolado no pescoço, estava roxo demais e não chorava. Passou o menino pros braços de Gabriella.

- Como você quer que eu mantenha a calma?! Meu filho não ta chorando!

O auxiliar de Priscilla olhou para os estagiários , que foram de encontro a Valentina, que estava fora de controle. Priscilla suspirou.

- Preciso que tirem ela daqui, tenho que fechar Luiza, e colocar ela em repouso.

- Não! Não vou sair!

- Valentina, por favor. - pediu e a hispânica se debateu. - Tirem-a.

Tiraram Valentina de dentro do centro cirúrgico, a médica estava transtornada, Priscilla precisava dar os
pontos, mas ela estava realmente preocupada com o que poderia acontecer com o menino.







***







- Hey pequeno. - A vOZ serena de Valentina, embargada pelo choro tomou conta da neo natal. A doutora e
agora mãe, estendeua mão dentro da encubadora, fazendo o menino tão pequeno segurar seu dedo indicador e dar uma espreguiçada. - Fiquei com tanto medo de te perder, filho. - as lágrimas caiam furiosamente pelo seu rosto.

O menino havia nascido de 34 semanas, pré maturo, mas ao contrário do que muitos pensaramn, ele tinha quarenta e oito centímetros, três quilos e quatrocentos, era um bebê gordo e saudável, só estava na encubadora para poder ser monitorado, tinha um pequeno sopro em seu pulmão, e
precisavam tratar.

Se ele não desse trabalho, logo estaria em casa.

Um Caminho Para O Destino (VALU)Onde histórias criam vida. Descubra agora