Epilogo

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19 anos mais tarde.




POV Luiza Campos Rulli


O barulho da cafeteira era presente naquele cômodo, já se aproximava das quatro da manhã, e eu não estava com nem um pouco de sono.

Meus olhos se certificavam de olhar para o relógio a cada minuto que se passava, e tudo era culpa minha,
por ser uma mãe tão preocupada.

Depois que minha mulher saiu as pressas para um plantão no hospital, tomei um banho e não consegui mais dormir, Victor ainda não havia chegado de uma das festinhas com seus amigos, e isso me deixava com os nervos a flor da pele.

O aparelho apitou, peguei a pequena jarra despejando o líquido preto em minha caneca preferida, apoiei meu corpo no balcão, e me permitir
beber e saborear todo aquele café.

Pensamentos corriam em minha cabeça, o medo de perder meu filho em um acidente ou em qualque coisa era tanta, que eu mal podia me conter.

Não demorou muito para que eu ouvisse um barulho de carro pelo lado de fora, desesperadamente coloquei minha blusa de frio e caminhei para a
garagem. Ao lado de meu carro, Amber tinha acabado de por o de Victor, assim que ela me viu, sorriu.

-Oi tia, a gente te acordou? - perguntou-me quando saiu do carro, me passando as chaves.

- Eu nunca consigo dormir quando ele sai, Amb. - disse em um alívio, olhei para dentro do carro, tendo a visão de meu filho ainda com seus cabelos enormes, praticamente desmaiado de bêbado, mordi o lábio e vitando ficar mais nervosa.

- Me desculpe, eu tentei colocar na cabeça dele que não era pra beber, mas a senhora sabe..

- Eu sei pequena, conheço a peça que pus no mundo.

- ela riu baixinho, dei a volta no carro, abrindo a porta para que pudesse pega-lo. - Eu agradeço que você o
tenha trazido até aqui.

- Jamais deixaria ele dirigir nesse estado. - a morena comentou, me fazendo desamarrar o nó de desespero
em meu coração de mãe, ela veio até mim, e me ajudou carrega-lo até o andar de cima, no seu quarto.

- Obrigada Amber, eu tomo conta dele daqui em diante. - agradeci minha afilhada, a negra veio até mim, me abraçando. - Não quer mesmo ficar? Tá um pouco tarde, e suponho que Dinah odeie que você chegue essa hora. - ela riu.

- Relaxa tia, estou com meus amigos e namorado lá fora, eles levam a mim. - tranquilizou-me. - Tchau, até outro dia. - despedi-me da menina, que agora já era uma mulher, muito bonita.

Amber tinha seus vinte e três anos, havia acabado de sair da faculdade de jornalismo a pouco tempo, já trabalhava pra uma pequena editora e logo tentaria abrir a sua própria. Ela sempre foi uma menina que continuou dando orgulho para todos em nossa volta.

Namorava um rapaz a quase três anos, o nome dele é Charles, um rapaz de descendência russa muito bonito, se ela não o namorasse, eu suponho que Victor e ela teriam um caso.

Victor estava jogado na poltrona do seu quarto, foi aonde eu o coloquei de primeira, mas já me aproximei acordando um pouco o menino, enquanto tirava suas roupas.

- Victor acorda. - Puxei sua camisa para cima.

- Hmhsh. - resmungou.

- Vamos, eu vou te dar um banho gelado e não estou nem um pouco preocupada se vou ver seu pinto ou não. - falei um pouco mais firme, fazendo ele abrir um
pouco os olhos, puxei sua calça para baixo, depois de ter tirado seu tênis.

- Mãe. - balbuciou.

- Sim sou eu, e agradeça a Deus por não ser Valentina, Ou ela te puxaria as orelhas. - respirei fundo, eu era tão mais protetora com meus filhos, e Valentina sempre me dizia que era por conta disso que eles montavam em cimna de mim as vezes.

Um Caminho Para O Destino (VALU)Onde histórias criam vida. Descubra agora