8° mês

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- Como foi por lá?- Valentina perguntou assim que a namorada adentrou a casa.

-Cansativo, mas sai antes mesmo da cobra me puxar para poder conversar. - a latina rolou os olhos retirando os sapatos dos pés, se aproximou da
namorada e lhe selou os lábios. - Como ficou no tempo em que estive fora?

-Foi bem tedioso não fazer nada, aproveitei e ajudei Carlota em algumas coisas. - justificou - se dando
ombros.

-Aposto que você ficou babando no quartinho do Victor, mais uma vez. - Luiza sorriu segurando a mão direita da amada, que mordeu os lábios em
vergonha , subiram as escadas.

- Não é como se eu pudesse controlar, estou animada.. - Valentina resmungou ao abraçaro corpo latino por trás e caminharem devagar até o quarto
principal.

- Eu sei disso meu bem, vou banhar-me. - Luiza selou novamente os lábios, assim se afastando, indo até o banheiro.







********




Trinta e quatro semanas, oito meses, duzentos quarenta e três dias, cinco mil oitocentos e quarenta horas. Esse era o tempo em que Victor permanecia
na barriga de sua mãe.

Luiza estava tão animada quanto o resto da familia, agora só faltavam mais algumas semanas apenas, e logo seu pacotinho estaria em seus braços.

Ela havia parado de trabalhar, com muito custo, ficava em casa o dia inteiro, quando Valentin estava de folga
elas saiam e compravam várias coisinhas para o bebê, e também para Amber, Alice, Niall, Bruna e Sofia. A
família era grande, bem grande. Quando a morena trabalhava, a latina passava os dias brincando com Amber, ou até mesmo recebia visitas de sua sogra e mãe, sim. Dulce começava a engolir aos poucos o novo relacionamento da filha, ela não poderia estar mais feliz por finalmente receber um neto, então, passaria por cima do seu próprio orgulho. Ou talvez a mais velha apenas estava começando a ser afetada pelas verdades ditas por Valentina, naquela noite.

A barriga de Luiza parece que cresceu de uma só vez. Estava grande, redonda e já começava a pesar bastante. Lhe dava algumas pequenas pontadas nas
costas, dores nos pés e nas pernas, mas ela sabia que todo o esforço seria válido para quando finalmente o bebê estivesse em seu colo.

Priscilla havia dito na última ultrassom, que agora, Victor estava com dois quilos e oitocentos, quarenta e sete centímetros, e como médica, não
pode deixar de citar os possíveis riscos para ele se apressare nascer antes do tempo previsto, mas que para segurança de ambos, era melhor o pequeno aguentar até a trigésima sexta semana, dentro da barriga.

Ele seria um bebê grande e gordo, se aguentasse mais seis semanaS.





★**







Luiza usava um vestido em véu transparente, com um top traçado nos seios na cor branca, seus pés estavam descalçose os cabelos completamente
soltos, com uma coroa de rosas em sua cabeça.

Valentina estava de bermudas brancas com um camiseta, também descalçase com os cabelos presos em um lindo coque acima da cabeça.

Elas estavam na praia, na casa de praia aonde tinha sido o chá de bebê, aproveitariam para fazer o ensaio
fotográfico do pequeno.

As mãos de Valentina, estavam em volta da barriga de Luiza, a mais velha se colocou atrás da amada, e ambas sorriram juntas para a fotógrafa, que capturou o momento único.

- Perfeito. - Larissa sorriu ao bater a foto. - Agora Valentin, venha a frente de Luiza, e ajoelhe-se. - Valentina fez o que a moça havia lhe pedido. - Agora beije. - pediu, e mais uma vez a morena obedeceu. - Estão ficando lindas.

- Lari, sera que depois podemos fazer um ensaio em baixo d'agua? - Luiza perguntou com muita esperança, fazendo a mulher pensar por alguns
segundos.

- Olha Luiza, sorte sua que eu trouxe sem querer, todo o meu equipamento. - Larissa sorriu pra latina, que bateu palmas em comemoração.

- Deus, Luiza me dá muito trabalho! - as três riram, voltando a tirar as fotos.

Fizeram o ensaio na praia, e depois entraram na piscina. Foram necessárias algumas horas para que tudo ficasse pronto e para que pudessem se sentirem satisfeitas pelas fotografias.

Larissa levaria consigo todo o material, e depois mandaria as fotos, Valentina deixou bem claro que queria todas as fotos, independente do preço.

O casal foi embora na mesma tarde, passando apenas no barzinho da praia para jantarem, escolheram uma porção de filé de peixe com muito limãoe cerveja para Valentina, e sem limão com um suco natural para Luiza.








***





Já se aproximava das três horas da tarde de uma quinta feira, Luiza se espreguiçava no sofá enquanto
assistia um canal aleatório na TV. Valentina estava trabalhando, e como Luiza ficava sozinha, na maioria das vezes, se afundava em canais de TV para que o tempo passasse mais rápido.

Já havia perdido as contas de quantas coisas havia comido durante todo o tempo em que estava ali.

- Mi reina? - Chamou Carlota, vindo da direção da porta principal, Luiza bocejou erguendo a cabeça para olhar até a mulher. - O senhor Herrera está aqui.

- Luiza engasgou nos próprios pensamentos, assim que ouviu claramente aquelas palavras da boca de
Carlotta.

Senhor Herrera?! - perguntou ainda desacreditada.

- Sim pequena, Alfonso.

- Ele está sozinho?O que ele quer?

- Acalme-se Luiza, por favor. - pediua mulher mais velha. - Ele está sozinho, disse que não sai dai, enquanto não conversar com você. - Luiza mordeu o
lábio.

-O deixe entrar. - pediu e a mulher assentiu, se retirando, indo em direção a porta novamente. Em minutos, Alfonso estava quase a frente de Luiza, e só os dois permaneciam no ambiente. -Olá Alfonso, como tem passado? - Perguntou Luiza ao se levantar do sofá,
indo em direção ao homem.

- Boa tarde Luiza, me desculpe incomodo. - pediu ao segurar a mão direita da mulher, beijando o local,
Luiza sorriu.

- De maneira alguma, aceita algo? - o homem negou. - Sente-se por favor. - pediu mostrando o sofá, ele logo
sentou,e ela na poltrona.

- Vejo que as decorações não chegam perto das que estavam na antiga casa.

-Com certeza não, essa foi Valentina e eu quem escolhemos, a outra tinha sido total tarefa de sua esposa. - Luiza afiou um pouco a língua, respondendo o homem.

- Calma Luiza, não vim lhe causar atrito ou algo do tipo, sei que não se dão bem.

- Quem bom que sabes. - o homem respirou fundo. - Em que posso lhe ajudar?



- Bom... Vim pedi para que por favor, não crie o meu neto longe de mim.

Um Caminho Para O Destino (VALU)Onde histórias criam vida. Descubra agora