2° Mês de gestação

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Durante o primeiro mês, Luiza ficou melancólica até perceber que o esposo a ignorava quase completamente. Rodrigo entrou em contato com ela,
depois de uma semana e meia que estava na Argentina.

Enquanto ele não ligava, ela criava diálogos em sua cabeça, dizendo tudo o que falaria quando ele finalmente desses as caras, mas não foi o que ela fez, Luiza se derreteu em preocupação, perguntando se ele comia e dormia bem, como estava as obras e toda
a atenção era voltada para ele. Mas o rapaz não perguntou sobre o bebê, nem sobre ela, mas a latina resolveu não abrir a boca para dizer, se ele não
perguntou, era por que não estava interessado.

Luiza já se sentia incômoda, ao ter que ficar pulando de galho em galho, ou de casa em casa, já que Valentina não queria deixar ela sozinha em casa,
pois dizia que todo cuidado era pouco até o terceiro mês. Então, a latina ficaria trabalhando em casa, até lá.

Mas ela preferiu voltar pra sua residência, se livrou de todas as coisas que lembravam Rodrigo, colocando no
quartinho ao final do corredor, o qual ela estava pensando em transformar no de hospedes, para o atual, virar o do bebê, já que a casa só tinha três
quartos.

Anahi não a procurava para saber se a garota estava bem, a sogra não sabia que ela estava gravida, e Luiza pretendia guardar o segredo até o último segundo. Ela agradecia pela mulher deixa-lá em paz durante todo esse temp0.

Valentina vivia na sua cola, ajudava Carlota com os alimentos certos para Luoza poder comer, a mesma
adquiriu gosto por filé de peixe, coisa que Dulce achou que nunca aconteceria, mas a filha agora amava.

Valentina dedicava o tempo extra que tinha em casa, para ficar com Luiza e sua irmä, ela não tinha mais encontros frequentes ou nem quase, com Shay, o que deixava a morena em um péssimo humor no trabalho, mas nada que o Sorriso de Luiza não fizesse passar.







***




E então, entramos na nona semana de gestação, os tão falados dois meses.

Luiza havia ganhado um quilo e meio, e estava completamente feliz, lembre-se do dia que ela se pesou.






Flashback on





Valentina estava sentada no sofá da casa de Dulce. A mais velha tinha convidado as duas garotas para um
almoço de domingo. Enquanto a comida não ficava pronta, Valentina assistia um jogo de futebol com
Christopher, e Luiza brincava de dominó no tapete ao chão, com Sofia.

- Luh, acho que você engordou um pouco. - Sofia disse despercebida, colocando uma peça na outra.

- Você acha mesmo?- Os olhos da latina mais velha brilharam em espectativa, Sofia assentiu. - Tina. - chamou Valentina.

- Oi? - respondeu sem tirar os olhos da TV.

- Sofia disse que eu engordei. - pontuou um pouco receosa, com medo de Valentina não se importar.

- Mesmo? - Valentina desviou o olho da TV. - Então sobe là e pega a balança e pesa pra tirarmos as duvidas.

Luiza sorriu abertamente, se levantando e indo até o quarto da mãe, pegou a balança em vidro e desceu
as escadas novamente.

- Vamos ver... - sussurrou pra si mesma, colocando o vidro ao chão, pisou com um pé, e esperou a balança se ascender, quando os números apareceram, Luiza
subiu na balança, vendo indicar 59kg. - Yah! Um Kilo!

-Comemorou levando as mãos até a barriga, Valentina sorriu terna olhando a garota em sua frente.



Flashback off.



Além do peso ganho, Luiza passava metade do dia dormindo, o que deixava Carlota preocupada, mas que também dava um descanso a mais a pobre
Valentina. Parecia ser um castigo, mas a cidade inteira resolveu precisar de atendimento com Valentina durante aquelas semanas, estavam sendo pesadas, mas mesmo assim a morena dava um jeito de estar perto de Luiza. Surgiu também o primeiro desejo, e Valentina quem pagou o pato, tendo que correr de madrugada para fazer um ovo de páscoa antes do temp0, pra Luiza.




Flashback on.




Luiza despertou-se de madrugada, o relógio marcava duas horas da manhã, a latina sentia um calor muito forte em seu corpo, ela caminhou até o banheiro do quarto, e banhou-se alí mesmo.

Respirando fundo após o banho gelado, Luiza colocou as roupas novamente, e ao sentar-se na cama, salivou um ovo de páscoa enorme e recheado, Sua barriga deu um estrondo alguns segundos depois.

- Não brinca filho, logo agora?- em respostas veio mais um ronco e sua boca voltou a encher de água. - Tudo bem, você quem manda.

Luiza pegou o celular, pensou em discar o número de Carlota, masa senhora deveria estar cansada.

Então, pensou no número de sua mãe, mas a casa da mulher era quase quarenta minutos dali, não valeria a
pena.

Gabriella estava trabalhando naquele plantâo, Natalie e Priscilla iriam pela manhã, e não seria justo acorda-las
agora.

Então, todos os lados apontaram para Valentina, Luiza mordeu o lábio inferior, sabendo que a morena tinha
acabado de chegar do serviço e estava morta.

- Tem certeza que não da pra esperar até amanhấ?- ela imaginou o gosto.- Ou céus, okay, não da.

Ela apertou o número de Valentina, depois de cinco toques, a voz grossa e sonolenta ao outro lado atendeu.

- Aconteceu algo?- perguntou preocupada.

- Oi Tina, boa noite, desculpa incomodar.

- Imagina Luiza. - Valentina deu um bocejo. - O que houve?

- Eu tive um desejo.

- Uhum.. De que?

- Eu quero um ovo de páscoa com morangos, banana e brigadeiro brancO. - Luiza ia dizendo o que vinha
em sua mente, Valentina não prestava muita atenção. - Sera que você pode me trazer em menos de quarenta minutos?

- Claro. - disse sem pensar.

- Obrigada Tina, até jaja. - e desligou.

- Até jaja. - respondeu de olhos fechados, sua mente começou a processar as informações, e foi ai que ela deu um pulo da cama. -Ovo de páscoa? Quarenta minutos? Desejo? Oh céus!

E lá se foi Valentina Rulli, ir até a cozinha, derreter chocolate, cortar frutas, fazer brigadeiro, e transformar as formas em dois ovos de colher.

Flashback off.



Era nesse mesmo mês, que os enjôos apareceram, e mais uma vez Valentina estava lá para ampara-la e segurar-lhe os cabelos enquanto Luiza colocava
toda a refeição para fora.

As duas se tornaram amigas inseparáveis, na concepção de Luiza, já que para a hispânica, o amor só ia crescendo cada vez mais.

Agora o bebê parecia um caroço de feijäo, com braços e pernas minúsculos. O bebê agora, era um girino.

Um Caminho Para O Destino (VALU)Onde histórias criam vida. Descubra agora