Capítulo 12 - Aquele do Lupitzer

704 69 3
                                    

Passou-se uma semana desde que Emma e Regina estiveram juntas e naqueles dias elas pouco se viram, trocando apenas olhares discretos quando a engenharia aparecia no canteiro de obras do prédio vizinho.

Não houve muito contato por telefone e mensagens trocadas também. Regina estava muito ocupada, porque a obra atrasou e a inauguração aconteceria no próximo fim de semana, então todos os envolvidos precisavam correr contra o tempo para garantir a entrega no prazo.

Por mais que sentisse falta da ômega, Emma entendia a ausência dela e aguardava ansiosamente pelo dia que elas poderiam se encontrar de novo.

— Parabéns, alphinha, seu artigo foi selecionado para o prêmio Lupitzer* — Killian se encostou na mesa da amiga, mostrando para ela a tela do tablet aberta.

Ainda meio distraída, Emma desviou o olhar do próprio computador para o tablet, que Killian ainda segurava, e leu o título de uma matéria publicada em um portal de notícias:

"Os indicados ao prêmio Lupitzer deste ano, dividem-se entre ganhadores de edições passadas, como Robert de Loxley, e nomes promissores do jornalismo, como Emma Swan."

A alpha levantou da cadeira de repente, pegando o tablet com as mãos trêmulas para ler o resto da publicação.

— O que está acontecendo? — Ruby entrou na sala e, percebendo o jeito nervoso da loira, foi logo perguntando.

— Nossa alphinha foi indicada para o Lupitzer — Killian respondeu depressa.

— Sério?! — Ruby exclamou alto, abrindo bem os olhos — Aquele prêmio do jornalismo que paga um dinheirão ao vencedor?

— Esse mesmo! — o ômega disse igualmente animado.

— Isso não é um tipo de brincadeira de mau gosto de vocês dois, é? — Emma encarou os amigos, com a expressão dividida entre a emoção e a incredulidade.

— Claro que não, Swan! — o rapaz retrucou com indignação, pegando o tablet da mão dela — Tudo que está escrito aqui — fez um gesto de deslizar com o dedo pela tela —, é verdade. Então pare de ser insegura e aceite logo que você é talentosa, alphinha.

— Oh, meu bebê, estou tão feliz por você! — Ruby se aproximou com os braços abertos e puxou Emma para um abraço apertado.

— Estamos! — Killian emendou se juntando a elas, enquanto Emma permitia que as primeiras lágrimas de felicidade caíssem.

— Está rolando um abraço coletivo e ninguém se importou em me chamar? — Tiana voltou do almoço e se deparou com a cena inusitada no escritório.

Killian logo explicou o que se passava e a outra ômega se apressou em se juntar aos três amigos, agora formando um abraço a quatro.

— A gente precisa celebrar a conquista da nossa alpha com uma grande comemoração — Tiana sugeriu, empolgada.

— Gente, eu fui apenas indicada, isso não quer dizer que vou ganhar — Emma lembrou, sem falsa modéstia — Vocês já viram quem são meus concorrentes? Robert de Loxley, Victoria Belfrey, Jefferson Ha...

— E daí? — Ruby interrompeu a fala da amiga apoiando as mãos nos quadris — Você é tão ou mais capaz que esses jornalistas, Emma! Seus artigos costumam abalar as estruturas da nossa sociedade — a ômega continuou, argumentando de forma mais exagerada — Inclusive, é por causa do seu trabalho que a AlphaVerse está ganhando cada vez mais credibilidade no meio midiático.

— Não precisa exagerar, Ruby! — Emma sentou-se novamente, mexendo no mouse para acordar a tela do computador de mesa.

— Emma, apesar dos exageros da nossa amiga, Ruby tem certa razão — Tiana se meteu na conversa, recebendo da outra ômega um olhar um tanto enviesado — Outro dia, quando estava vindo para cá de metrô, presenciei dois caras falando sobre um dos seus artigos, e eles estavam concordando com você, fazendo altas reflexões sobre o que você abordava no texto. De alguma maneira, você está ajudando as pessoas a se tornarem críticas sobre os papéis limitantes, impostos aos alphas e aos ômegas desde sempre.

Inverso [SwanQueen - Universo ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora