CAPÍTULO 12

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POV Camila Cabello


Macaria ainda estava lá quando Abadir entrou trazendo minhas malas, mas a Sra. Jauregui não estava em lugar algum. Segui Abadir até o local onde deixou minhas coisas, um closet grande onde eu poderia morar sem me incomodar nem um pouco. Assim que eles saíram, reforçando o fato de estarem a minha disposição, aproveitei para separar roupas mais leves e apropriadas para a reunião que aconteceria em breve.

Tomei um banho rápido, deixando para curtir a banheira em outro momento. Coloquei um vestido azul, comprido até os joelhos e justo ao corpo apenas até a cintura, onde a saia abria em leque. Tinha decote quadrado e alças largas. Ao olhar no espelho me senti uma peça da casa.

Era exatamente aquele o meu papel naquele teatro. Tive ímpeto de matar a Sra. Jauregui por me envolver naquele jogo estranho, porém me acalmei decidindo esperar até que pudéssemos ter uma conversa mais esclarecedora. Calcei as sapatilhas, penteei os cabelos e saí do quarto.

Não sabia onde poderia encontrá-la, já que a casa era muito grande e eu não fazia ideia de onde ficava o seu quarto, por isso desci até a sala e sentei aguardando pelas suas primeiras ordens. Ela não apareceu.

Impaciente, comecei a caminhar pela casa observando cada detalhe azul e branco que havia nela. Com certeza em menos de duas horas não conseguiria mais aguentar estas cores e quando dormisse teria pesadelo onde existiria apenas um mundo azul e branco. Por que eu estava tão irritada?

Decidi que seria melhor trocar de roupa e colocar um pouco mais de cor em meus pensamentos, mas assim que cheguei a escada o encontrei. A Sra. Jauregui usava uma blusa de sedã azul e calça jeans. Não estava casual, mas também não estava vestida para uma reunião. E aquela cor... Parecia brincadeira. Ela parou no degrau em que estava e me olhou sem perder nenhum detalhe, depois sorriu aquele mesmo sorriso que me desmontava completamente.

- Alguma ordem? – era melhor começarmos a deixar o clima mais profissional ou então... Só Deus poderia saber o que seríamos capazes de fazer.

- Já enviou o e-mail que pedi? – merda!

- Estava indo agora mesmo buscar meu computador, Sra. Jauregui – rezei para que minha mentira passasse despercebida.

- Faça isso, mas traga-o aqui. Quero que a mensagem saia do meu email.

Concordei sem questionar. Subi correndo as escadas, amaldiçoando o fato de não mais poder trocar de roupa. Peguei meu computador e desci para encontrá-la. A Sra. Jauregui falava ao telefone na mesma sala onde eu estava há pouco tempo, Já ia saindo quando ela olhou para mim e fez um gesto com a mão para que me aproximasse.

- Se você faz tanta questão, Lucy.

Continuou falando sem se importar com a minha presença. O nome chamou a minha atenção. Lucy. A namorada ou ex-namorada psicopata. Ela conversava de maneira civilizada, o que me levou a imaginar que tinham se reconciliado. Não tive nem tempo de identificar o motivo da minha apatia, pois oa Sra. Jauregui fez um gesto para que eu abrisse o computador.

- Só chegarei daqui a quatro dias. Lembre-se que tenho outras viagens programadas.

Ela virou o computador, que estava em meu colo, em sua direção e digitou alguma coisa. Depois o devolveu. Notei a tela do seu e-mail abrindo. Claro que meus olhos correram as mensagens existentes que ainda não tinham sido abertas. É óbvio que as da Angela chamaram a minha atenção. Não existia apenas uma mensagem dela e sim seis.

CAMREN: A Descoberta do Prazer - Minha CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora