𝐅𝐎𝐂𝐔𝐒 ━━ RICHARLISON ANDRADE.

CHAPTER 05

'☼︎᯽:. CAPITULO CINCO! ⁂ ☦︎☀︎シ︎

   > aquele do ataque cardíaco <

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RICHARLISON

O amor nos faz fazer loucuras, certo? Sinto minhas mãos ficarem suadas em questão de segundos ao olhar pra TV. Meu coração estava descompensado, posso sentir ele errando suas batidas prestes a me dar um infarto. Eu não respiro. Não tenho forçar pra puxar o ar quando Antonella aparece na tela da televisão.

Pela primeira vez na vida, estou assistindo uma corrida de Fórmula 1. Se é por interesse? Não, claro que não. Mas eu sabia que ela tinha chances de aparecer nas filmagens, só não sabia que seria tão longo assim.

Antonella andava pelo extenso paddock do GP de Silverstone. Suas coxas estavam marcadas pela calça jeans, seus olhos, os azuis mais intensos que já vi, fixos na câmera como se estivessem olhando para mim. Seus saltos batiam contra o chão como se fosse uma passarela particular. O mundo todo estava olhando para ela naquele momento.

Posso ver a cada passo que dá, as pessoas virarem seus celulares e suas câmeras para ela. Antonella Caccini é um fenômeno e isso não é novidade pra ninguém, muito menos pra mim.

— Cara, você está babando. — Emerson disse me olhando espantado. — Literalmente babando.

Assim que saí do meu transe toquei no meu queixo e porra, eu estava mesmo babando. Limpei com uma certa vergonha já que eu não fazia ideia que estava tão hipnotizado assim.

— Ele realmente babou. — Geovana, minha amiga e mãe da minha afilhada, Malu, disse chocada. — Mas realmente, a mulher é uma gata.

— Demais. — escutei Pedro Porro falando mas apenas o ignorei, sem forças nenhuma pra debater. Ele tinha razão.

A imagem já tinha mudado, voltando novamente para os milhares de carros correndo igual o flash em círculos por 60 voltas. De repente, aparece o tal "melhor amigo" de Antonella na tela, seu carro fazendo a ultrapassagem em cima de um carro laranja, presumo que seja a Mclaren.

— O cara é bom. — Emerson comenta impressionado, eu bufo. — Sem ofensas, irmão.

— Aham.

Respondi enquanto batucava meus dedos sobre o controle da televisão, pronto pra mudar de canal quando a câmera foca nela de novo, me fazendo engolir em seco. Porra, alguém sabe que eu estou assistindo? Por que não é possível brincar tanto assim com o coração de alguém.

Antonella dessa vez estava na garagem da Mercedes, equipe do seu "amigo". A modelo ria abertamente sobre algo que Olívia falava em seu ouvido. Eu posso imaginar o som da sua risada e o quão lindo é de ouvir. Sinto tanta falta disso que eu sou capaz de cometer algum crime só pra ter de volta.

— Ela está à poucos quilômetros de você, sabe disso, né? — Pedro perguntou. Assenti. — O que está esperando então?

O olhei confuso.

— O que quer dizer?

Pedro revirou seus olhos.