Mistério do Tempo - Peaky Blinders.

21| Visões corretas.

— Você pensa em mudar de cidade?— Belladona anda de um lado para outro.

— Por enquanto não, por quê?— Selene olhou confusa para ela.

— A maioria das pessoas tem uma casa em Londres.— Bella afirmou, enquanto Selene apenas observa.

— E por isso você quer morar em Londres, olha viver longe dos vizinhos, é bem melhor.— Selene bebeu um pouco do café em sua xícara.

— Pensa um pouco, eu já tenho uma casa no campo que foi da minha família por anos, eu queria morar na cidade.— Ela continuava inquieta.

— Do que você está fugindo?— Selene ficou desconfiada.

— Eu não estou fugindo, apenas não quero continuar vivendo aqui.— Belladona reclamou novamente.

Selene não tinha esse hábito antes, mas acabou adquirindo e pegou um cigarro acendendo e tragando a fumaça jogando no ar.

— Quando eu tiver meu carro, vou visitar Londres, aproveitar mais esse lado.— Selene levantou andando até a janela.

— Já andou de cavalo?— Belladona tem suas dúvidas.

— Eu nunca andei de cavalo, qual é a sensação?— Selene estava curiosa.

— Não é ruim, eu amo sentir meus cabelos ao vento.— Belladona se jogou no sofá.

— Eu dei os parabéns a Polly, na sexta passada, onze de novembro é o aniversário da sua futura sogra.— Belladona brincou.

— Eu não sabia, quando é o seu?— Selene estava curiosa.

— Dezesseis de novembro.— Ela sorriu abrindo os braços.

— Interessante.— Selene concordou.

Enquanto as duas conversavam ouviram uma voz gritando e um homem falando mais alto.

— Me ajuda, por favor!— O desespero na voz da garota é nítido.

— Pare de gritar, venha, vamos voltar para o trem e de lá você vai para Austrália.— A voz severa do homem fez as duas levantarem.

— Eu não vou para a Austrália, minha família é daqui, me solta.— A menina lutava pela sua vida.

Selene vendo aquilo abriu a porta da casa, dando um leve susto no policial.

— O que está acontecendo?— Selene desceu os degraus indo até o homem.

— Nada demais, essa garota anda importunando os vizinhos.— O homem falou sério.

Selene olhou para a menina e se agachou, querendo ter certeza de que aquele homem falava a verdade.

— Ele está certo?— Selene podia inventar qualquer coisa.

— Eu não estou importunando ninguém, quero encontrar minha família.— Ela continua tentando se soltar.

— E quem é seus familiares?— Selene perguntou.