Draco passou a noite na casa de Harry, por pedido do moreno. Ele sabia que tinha acontecido algo pelo comportamento do namorado, mas este se recusava a dizer o que estava o incomodando.
Eles dormiram abraçados na mesma cama, se sentindo tranquilos e confortáveis por estarem tão juntos um do outro.Potter acordou primeiro, sorrindo com a cena na frente dele. O loiro ainda adormecido, com uma expressão serena no rosto. Seus cabelos estavam espalhados pelo travesseiro azul da cama do alfa, o mesmo tendo que se controlar para não beijá-lo.
Sabia que Malfoy iria querer matá-lo se o acordasse de um sono tão gostoso, onde estavam aquecidos na manhã fria de 1⁰ de janeiro. Olhando para o namorado com todo aquele silêncio foi dando sono mais uma vez, até ouvir batidas fortes vindo de longe.
Alguém estava na porta.
- Porra..- Falou baixinho, sabendo que ele deveria correr dali e ir atender a porta, já que se aqueles barulhos continuassem, teria que lidar com duas pessoas emburradas por terem sido acordadas por barulho.
Não podia julgar James, já que ele era só um bebê.
E também não podia julgar Draco, já que ele estava carregado de hormônios naquele momento.Saiu com cuidado do lado do namorado, que resmungou baixinho alguma coisa, o deixando paralisado por um momento, antes de sair de fininho, vendo que o loiro ainda dormia.
- Quem é o inconveniente batendo na minha porta á essa hora?!- Ele perguntou baixinho para si mesmo, indo até a porta da frente. Sem olhar no olho mágico, abriu de uma vez, sua paciência se esvaindo no momento em que viu quem era.
Ginevra Weasley, com sua expressão irritada de sempre.
- Nem fodendo... O que você tá fazendo na minha porta a essa hora, Ginevra?!- Quase gritou, segurando com força na maçaneta. O que aquela mulher estava fazendo ali?
- Hoje é sábado. - Ela respondeu como se ele fosse um imbecil, revirando os olhos com a reação do ex-marido.
- E? Você ficou um tempão com ele. Semana que vem você fica!
- De jeito nenhum! Eu tenho os meus direitos, Potter!- Ela falou irritada, apontando o dedo na cara do homem moreno.Harry respirou fundo, tentando se acalmar e não falar nenhuma besteira.
- O James está dormindo. Acordar ele agora só vai fazer ele chorar. Que tal amanhã?- Disse com o máximo de paciência que conseguiu juntar, não entendendo como ele se apaixonou por aquela mulher em algum momento.
- Não. Eu quero hoje.
- Você é quem está parecendo uma criança, sabia? Me entregou ele anteontem! Espera até amanhã.Ele tentou fechar a porta, mas ela jogou todo seu peso contra a mesma, não deixando ele fechá-la.
- Ginevra.... Sai.
- Não! Seu filho da- Abre essa porta, Harry!
- Para de ser assim! Pra que me enfernizar desse jeito?!
Eles ficaram quietos, encarando com certa fúria no olhar, um para o outro.
- Harry? Tá tudo bem?- Ouviu uma voz sonolenta soar atrás dele, o que fez hesitar, dando a deixa para Ginny empurrar a porta de uma vez.
Todos caíram em um silêncio tenso, a ruiva parecendo que ia explodir de raiva ao ver o ômega na frente dele usando roupas que eram obviamente de Potter.
- Draco, volta pro quarto. Eu resolvo isso.
- Eu sabia! Eu sabia! Seu merdinha, sempre soube que queria roubar a minha vida! Meu filho primeiro, e agora meu marido!
- Ex-marido. Eu não sou nada seu, Ginevra. Vai embora.
- Vai mesmo ficar com um cara que tá carregando o filho de outro?- Ela riu debochada.
- Vou. Porque eu amo ele, e ele não me faz querer trabalhar mais só para não voltar pra casa, diferentemente de você!Ela andou na direção de Malfoy, que tinha seus braços cruzados e olhava cheio de deboche para a mulher beta.
- Olha aqui-
- Ai, cala a boca. Mulher chata! Vai arrumar alguém pra comer, dar uma sentada- Talvez ajude nessa sua personalidade de merda! Credo, vir encher o saco no primeiro dia do ano!
Harry tapou a boca ao ouvir o que o loiro disse, principalmente ao ver como Weasley tinha corado, olhando chocada para o homem de cabelos longos na frente dela.
- Como você ousa...? Ele vai se cansar de você, ouviu?! Deve estar se achando por estar com o "Salvador", mas logo ele te larga por qualquer outro atirado que nem você! Principalmente quando essa porra dessa criança nascer! Eu vou pegar meu filho, e ficar bem longe de vocês!De forma súbita, assustando os outros dois, Malfoy suspirou alto, colocando uma mão na barriga e outra na boca, suprimindo um grito.
- Ai! Merda- Harry, me ajuda.- Ele falou desesperado, o moreno quase pulando na direção do ômega, fazendo ele se sentar no sofá.
- Olha o que você fez!- O alfa gritou irritado, olhando para Ginevra uma última vez antes de se ajoelhar na frente do namorado, segurando suas mãos.- Amor, respira. Vai ficar tudo bem.Ao ver toda aquela situação, principalmente as expressões de dor na cara do loiro, Ginevra correu, batendo a porta ao sair.
- Ela já foi?- Sussurrou, deixando o outro confuso.
- Como assim? Ela saiu, mas-
Harry travou ao ver o namorado se ajeitar no sofá, abrindo um pequeno sorriso em seguida, mostrando que estava ótimo, quase rindo.
- Desculpa pelo susto... Só queria que ela calasse a boca e fosse embora.- Ele passou a mão no rosto do mais alto, que o encarava chocado.
- Draco! Não me assusta assim! Ai... Quase infarto. - Ele sussurrou, se sentando ao lado do namorado, que o olhava com carinho.
- Acho que ela teve a mesma reação. Mas, olha só, agora estamos em paz.- Você é um baita de um espertinho, sabia?
- Espertinho? Eu sou um gênio, Potter.- Harry revirou os olhos, mas acabou por sorrir assim que sentiu um beijinho na testa.
- Eu te amo.- Falou com paixão, passando a mão no rosto do mais baixo, que se inclinou, dando um beijo rápido mas carinhoso em seus lábios.
- Eu te amo mais.
- Impossível.- Quer alguma coisa?- Harry o perguntou depois de um tempinho, tendo sua cabeça encostada em seu ombro.
- Chocolate quente.
- Claro. Pode dar uma olhadinha no James?
- Uhum.Depois daquela cena, tiveram um sábado normal. Quer dizer, na medida do possível, já que eles mesmos não eram muito normais.
[...]
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"Black-Malfoy" - Drarry
FanfictionO casamento de Harry está crise, e ele pensa que nada pode fazer sua situação com Ginny piorar, até a prima de Sirius falecer e todos se juntarem para o enterro da mulher. Potter não tinha ideia quem era o filho dela, muito menos que ele seria um ô...