respostas

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  Harry não pregou o olho naquela noite. Quando chegou em casa, pegou um vaso e jogou com tudo na parede, chorando em silêncio. Ele demorou para notar que estava chorando, estressado demais para pensar em alguma coisa que não fossem as palavras de Draco.

  "É seu."

  Não conseguia entender porquê Malfoy havia feito aquilo. Ele tinha a intenção de nunca contar? Esconder que aquele bebê também era de Potter?

  Estava irritado com Draco, e consigo mesmo. Queria ter perguntado com mais calma, mas fez o oposto. Explodiu de raiva e saiu praticamente correndo da casa de seus padrinhos.

  Foi por isso que assim que quebrou aquele vaso, e a raiva deixou seu corpo, a tristeza veio. Tinha fantasiado tanto, imaginando um universo que aquele filho era dele, e após saber a verdade....

  Por que ele era assim?

  Se encolheu no sofá da sala, suas lágrimas escorrendo e molhando o tecido, fazendo uma pequena poça ao lado de sua cabeça. Tentou de inúmeras formas cair no sono, já que estava morrendo de cansaço. Mas toda vez que fechava os olhos, só via Malfoy tremendo e chorando.

  Não tinha ideia do que fazer. Se deveria falar com ele ou não...

  Então chorou, por tudo o que tinha acontecido naquela noite, por todas as palavras ditas e as não ditas. Aquele definitivamente foi o pior Natal da vida dele.

  Viu o Sol nascer, e não se moveu do sofá, culpa o comendo por ter reagido daquela maneira, mesmo vendo o jeito que Draco tinha ficado.
  Teve que se arrastar para tomar um banho, seus olhos ardendo de tanto que chorou por toda a madrugada.

  Harry até se assustou ao ver que era 11 horas manhã, mas ignorou, apenas bebendo lentamente uma xícara de café.

  Estava bebendo o café na cozinha em absoluto silêncio quando alguém bateu na porta, o deixando confuso. Andou lentamente até a entrada, abrindo a porta sem qualquer paciência, revelando Sirius com uma expressão nada boa no lado de fora.

  - Bom dia.- Ele falou cansado, só querendo que seu padrinho fosse direto ao ponto e o deixasse sozinho.
  - "Bom dia" é o caralho.
  A resposta de Black o surpreendeu, até o acordando um pouco.
  - O que foi?
  - Harry James Potter, o que você disse para o Draco ontem a noite?

  Seu sangue gelou, até arregalando os olhos um pouco. Sirius nunca tinha falado consigo naquele tom, naquela irritação toda.

  - Como assim? - Ele riu de nervoso.
  - Não se faz de sonso. Olha- Eu não sei o que aconteceu, o Draco não quis me contar, e pelo jeito você também não quer.- Sirius suspirou, passando a mão pelo rosto em frustração. - Não sei se vocês vão se desculpar ou qualquer coisa, já que eu não sei o que aconteceu. Mas... Porra, Harry!
  O homem mais velho aumentou o tom subitamente, o assustando um pouco.
  - Desculpa.
  - Não é pra mim que você tem que dizer isso! Parece que não sabe que não pode estressar gente grávida!

  Harry se sentiu envergonhado ao ouvir aquilo, sabendo que seu padrinho estava certo em brigar com ele. Devia ter se controlado... mas ele tinha tanta raiva guardada naqueles últimos tempos, que não aguentou.

  O moreno assentiu, não sabendo o que dizer.

  - Não vai se repetir.
  - Eu espero que não! Porque eu tive que correr com ele pra emergência às 1:30 da manhã, por conta do nervoso que ele passou.
  Potter quase caiu de choque ao escutar aquilo. Apertou as mãos em punhos tão forte que suas unhas furaram a palma de sua mão.
  - Mas tá tudo bem? O que aconteceu?
  - Ele quase perdeu a criança. Mas... agora tá tudo bem. Foi pra casa descansar.

"Black-Malfoy" - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora