"Black-Malfoy" - Drarry

padrinho

  Depois do loiro se acalmar, o mais alto pegou em sua mão, levando-o de volta para a sala de jantar. Draco as vezes duvidava que Ivan o amava de verdade... Mas aí o homem aparecia e o fazia carinho e o beijava, mesmo quando estavam brigados.

  Isso era um sinal de amor, não?

  - Vem, querido.- Ivan falou suave, chamando a atenção do resto das pessoas na mesa, que tinham resolvido comer em um silêncio estranho e tenso.
  Ele puxou a cadeira para Draco se sentar, fazendo carinho em seu cabelo logo em seguida.
  - Malfoy, me desc-
  - Fica quieta.- O ômega a cortou, deixando a ruiva surpresa. Mesmo que com raiva, ela se calou, terminando de comer sua comida em silêncio.

  - Então.... Como foi todo esse tempo na França? Terminou seus estudos em Beauxbatons, né?- Sirius tentou melhorar o clima, olhando para o primo de segundo grau.

  Ele estava puto que tinham estragado o almoço que haviam planejado, Black tinha que ser sincero.

  [...]

  Ambos estavam possessos. Ginny estava irritada já que o marido não tinha a defendido, e Harry estava com raiva graças a cena que ela havia feito.

  Ela era uma mulher adulta, por Merlin! Nada explicava aquele comportamento ridículo durante o almoço.

  Harry fechou a porta assim que todos entraram, a trancando em seguida. Não entendeu nada ao ver Ginny levar James com pressa até o banheiro. Principalmente ao escutar o barulho de água.

  - Ginny? O que você tá fazendo?- Ele perguntou, indo até o local. Avistou a esposa ajoelhada no chão, tirando a roupa que o filho usava, o mesmo ameaçando chorar.
  - Vou dar um banho nele.
  - Mas eu dei antes da gente ir para o almoço. Ele tá limpinho.
  - Não! Não está! Ele tá com o cheiro nojento daquele ômega!- Ela falou corando de raiva, ignorando os protestos do bebê, que estava cada vez mais próximo de chorar.
  - Não quelo banho!- Ele gritava, já que estava meio frio, e ficar sem roupa estava o deixando arrepiado.

   - Ginevra. Para com isso. De verdade.
  - Não!- Ela gritou, surpreendendo o esposo, ao ver que ela tinha lágrimas nos olhos.- Eu não quero sentir um rastro daquele homem na minha casa!
  - Se acalma! Tá assustando o James!
  - Parece que todo mundo prefere ele. Até a porra do meu filho prefere o Malfoy. Esqueceram que ele é um babaca? Só porque ficou bonitinho, pode abrir um sorriso falso e já tá perdoado?!
  - Ginny, nosso filho te ama. Você tá sendo irracional. Sabe como bebês são com ômegas. E ninguém prefere ele! O cara tá de luto e você ficou cutucando a ferida dele! Queria o que? Apoio?
  - Sim! Sim, eu queria apoio, Potter.- Ela se levantou deixando James correr dos braços dela, o pequeno abraçando as pernas do pai, já que ele estava com frio.

  - Que se foda...- Ela suspirou, secando uma lágrima que escapou de seus olhos.- Eu vou sair.
  - Não tem necessidade de fazer isso, Ginny.
  - Vai se foder.- Ela falou irritada, andando com raiva e pisando agressivamente no chão, saindo da casa sem nem olhar para trás.

  - Mama bava?
  - Só um pouquinho brava. Mas não é com você. - Ele forçou um sorriso para o filho, o dando um beijinho na testa. Tinha um pouquinho do perfume de Malfoy nas roupas do bebê, mas não era nada insuportável.

  Talvez ele pensasse assim porque parte de si estava viciada no perfume do ômega...

  Resolveu vestir novamente o filho, e passar o dia assistindo desenhos com ele. Afinal, só Merlin sabia quando ela iria resolver aparecer em casa.

  [...]

  No dia seguinte, Malfoy já esperava acordar sozinho. Afinal, era uma segunda, e se seu marido trabalhava de fim de semana, quem dirá naqueles dias. Já estava começando a se acostumar ao sentimento de solidão que o casamento trazia.