babaca

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  Falar que Draco estava fragilizado, era estatar o óbvio. A mãe dele era sua pessoa favorita, a única que o tratava como gostava, que sempre mostrava seu amor incondicional. Ela nem mesmo se importou quando o filho se revelou ômega, dizendo que ele seria o mais bonito de todos.

  (Lucius, por outro lado....)

  Mas o pior de tudo, é que ele havia sido consolado por sua antiga paixão, e não por seu marido. Porque claramente o trabalho era mais importante do que o enterro da mãe dele...

  Ficou em silêncio o momento todo, o quarteto indo até a casa do casal de alfas, onde ficariam por um tempinho até conseguirem arranjar uma casa, e o trabalho de Ivan se estabilizar.

  O homem loiro mais alto passou o caminho inteiro com a mão na sua cintura, o que enganaria Draco, se não fosse por sua expressão irritada. Só esperava que seu marido se segurasse e não fizesse uma cena na frente dos outros dois.

  Assim que entraram na casa, ouviram um barulho de passos rápidos vindo na direção da porta, seguido por uma vozinha infantil:
  - Papais?- Draco sorriu de leve ao avistar um menininho de cabelos azuis bem bagunçados, seu rosto era gordinho, e ele sorriu animado ao ver Sirius e Remus.
  - Oi, meu amor!- Lupin agachou, apertando o menino em um abraço gostoso.- Se comportou? Não deixou sua babá maluca, né?
  - Não! Eu estava mimindo.
  - Ah, que preguiçoso. - Sirius riu, também agachando para beijar a bochecha do filho.

  O único ômega ali sentiu algo no peito. Ele queria muito um filhote, mas...

  Saiu do transe em que estava assim que Ivan passou a mão pela sua nuca, fazendo ele olhá-lo.
  - Hum?
  - Para de fazer essa cara.
  - Que cara?- Ele falou confuso, sentindo um sono horrível. Não estava entendendo o que poderia ter feito, mas se arrepiou por inteiro ao sentir o marido enfiar as unhas na sua pele macia.
  - Você sabe.

  Ironicamente, ele não sabia.

  - Algum problema?- Sirius falou o olhando irritado, já que haviam começado a sentir o cheiro do ômega, deixando claro que ele estava assustado.
  - Não. Ele só está cansado. Não é?
  Draco assentiu, se abraçando por um momento. Ivan tinha uns momentos estranhos, e ele não estava com o psicológico para aquilo no momento.
  - Vem, eu vou levar vocês para o quarto de hóspedes. Tenho certeza que vai buscar as malas depois.
  - Sim.- O alfa loiro falou.

  - Quem é?- Teddy, que estava muito confuso observando toda a cena, se manifestou, olhando com interesse para o homem de cabelos loiros e longos.
  - É um primo do papai, Teddy. É o Draco. Ele e o marido dele vão passar um tempo com a gente aqui em casa. Entendeu?
  - Uhum. Draco é bonito. - O menino falou abrindo um pequeno sorriso, deixando o ômega um pouco menos triste.
  - Obrigado, pequeno.- Ele sorriu para a criança, logo sentindo o braço do marido passar por sua cintura.

  - Vem, vou mostrar para vocês onde fica o quarto.- Remus falou, ainda olhando desconfiado para Ivan.

  Não confiava naquele cara.

A mansão era linda. Haviam fotos de família nas paredes, e o lugar por si só parecia muito feliz. O que era o completo oposto do que Malfoy sentia. Seu peito ardia por conta do luto, por saber que nunca mais iria abraçar sua mãe, ou ouvir sua voz.

  Sem falar que Ivan estava sendo mais rude do que o comum, e ele não estava bem para aquilo.

  - Aqui. O quarto é uma suíte, então não precisam se preocupar com privacidade. - Remus falou sorrindo para o ômega, que assentiu, não conseguindo arranjar energias para sorrir.
  - Obrigado, Remus.
  - Que isso, não precisa agradecer. Agora descanse. Creio que Ivan vá descer para pegar as malas?
  - Só vou conversar um pouco com ele. Já desço. - O alfa falou com um falso sorriso, não tirando as mãos de Draco em momento algum.

"Black-Malfoy" - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora