CAPÍTULO, 03: Hello, Avery!

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♫ A QUEDA - Gloria Groove♫

Mas que porcaria é essa?! — O meu grito furioso preencheu o meu quarto e toda a fraternidade.

Todas as manhãs de Halloween, eu me levantava antes de o sol começar a raiar no horizonte. Tinha despertado depois de horas de um sono tranquilo, removendo a máscara de dormir e a touca para o cabelo, fiz minha higiene matinal, coloquei meus fones de ouvido e desci saltitante as escadas da Phi Alpha Kappa. Apesar de minha fantasia ter sido praticamente roubada por aquela vadia oxigenada, minha data favorita não poderia ser arruinada por seu cérebro de ervilhas. Eu tinha que manter o bom humor, pois à noite iria para o tão esperado evento do ano e assim poderia esquecer que estava cercada por aquelas garotas insetos que me remetiam às lembranças do meu passado e me divertir com um pouco de adrenalina e doces.

Observei a decoração magnífica que fiz na fraternidade, mesmo sem ajuda e com muita dificuldade, e cantarolei meu bom humor ao ouvir minha música favorita "This Is Halloween" de The Citizens Of Halloween nos fones de ouvido enquanto preparava meu cappuccino e enchia meu organismo de panquecas de chocolate. Mas quando a maioria das garotas já estavam levantando-se de suas camas, fui em direção ao meu quarto e decidi revisar o meu trabalho da faculdade no computador antes de começar o meu dia.

No entanto, ao abrir meu notebook, ligá-lo e clicar no maldito trabalho sobre as consequências psicológicas do bullying que estava minando minha paz interior, a tela travou e, de repente, tudo ficou preto. Naquele momento, pensei que poderia ser um vírus ou um erro, então tentei resolver pressionando as teclas Ctrl, Alt e Delete, mas nada funcionou. O computador parecia não responder aos meus comandos. E, de repente, depois de pressionar todas as teclas do teclado, uma música começou a tocar ao fundo, e eu reconheci como "Spooky, Scary Skeletons" de Andrew Gold. Uma mensagem vibrante e travada começou a surgir no fundo, na qual estava escrito: "Feliz Halloween, vadia".

No mesmo instante, ergui-me da cadeira em frente à escrivaninha e peguei meu notebook, saindo furiosa do quarto, desejando esquartejar o infeliz que fez aquilo com o meu computador. Voltei a descer as escadas correndo e encontrei as garotas na sala de estar para o café da manhã. Todas voltaram os olhares assustados na minha direção.

— Quem fez isso com o meu computador? — vociferei, com os olhos arregalados e uma expressão demoníaca no rosto, apontando para a tela travada naquela piada imbecil.

As garotas trocaram olhares e, antes que eu pudesse começar a acusar alguém, Cora, que estava sentada no sofá tomando seu energético matinal, aproximou-se e pegou o computador das minhas mãos.

— Eu vou verificar o que aconteceu — ela disse tranquilamente, dirigindo-se à bancada que dividia a sala de estar da pequena cozinha improvisada.

As garotas me encararam como se eu estivesse louca, mas eu sabia que só poderia ter sido uma delas, ou melhor, a vadia da Sidney com a Coisa 1 e a Coisa 2, que não estavam presentes naquele momento. No entanto, eu estava decidida a confrontar aquela oxigenada e, se necessário, a fazer com que sua cabeça oca encontrasse o vaso sanitário.

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