CAPÍTULO 32: O Sabor Amargo das Travessuras

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♫Limits - Bad Omens♫ 

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♫Limits - Bad Omens♫ 


A estrada se estendia à minha frente, uma fita de asfalto desaparecendo na escuridão da noite. Meus olhos, cansados, mas alertas, estavam fixos no caminho enquanto eu conduzia meu carro pelas ruas de Salem.

Recebi uma mensagem de meu pai, um texto breve e direto, informando que queria falar comigo. Não havia dúvida sobre o motivo. O novo contrato que havia firmado com Villin estava no centro de sua curiosidade. Ele, com sua perspicácia, provavelmente desejava me questionar sobre essa decisão. No entanto, eu estava exausto.

O peso dos últimos dias se acumulavam em meus ombros como uma capa pesada. Ansiava por algumas horas de silêncio, um refúgio da tempestade constante de pensamentos e preocupações. Desejava o conforto silencioso do meu apartamento, me sentar em meu sofá na companhia daquele conhaque barato que acabara de comprar na loja de conveniência. Queria me perder nas notícias do dia, apenas escutando as informações que já sabia sobre a bolsa de valores, e não entrar em uma discussão com meu pai sobre algo para o qual inventaria uma desculpa.

A decisão sobre a minha empresa estava agora sob o escrutínio de meu pai. E eu, cansado e desgastado, teria que justificá-la. Faria qualquer coisa para esquecer o emaranhado de pensamentos que assolavam minha mente, como uma doença insidiosa causando dor em meu crânio. Como uma melodia constante, um zumbido incessante, eles estavam lá, sempre presentes, sempre pressionando.

Desejava apenas um pouco de paz, um momento de calma em meio ao caos dos meus pensamentos. Um momento para respirar, para ser, para existir sem a pressão constante.

Ao passar lentamente pelo antigo bairro escuro e pouco movimentado, envolto na quietude da noite, senti a mordida do inverno no ar. As temperaturas despencavam, um prenúncio do inverno que se aproximava. E então, meus olhos, movendo-se involuntariamente, pousaram sobre a antiga casa dos Sinclair. E o que vi foi uma cena um tanto... inusitada.

Avery, Bridget e meu pai estavam na cozinha, perdidos em uma conversa animada. Riam enquanto lavavam a louça, compartilhando uma história ou piada que, a julgar pelas gargalhadas espontâneas, era surpreendentemente divertida. Parei o carro por alguns instantes, observando aquela cena.

Todos pareciam contentes, mas Avery, em particular, irradiava felicidade.

Por algum motivo, aquilo me perturbou. Avery parecia relaxada, alegre e, curiosamente, à vontade com a presença conjunta de sua mãe e meu pai. Isso contrastava fortemente com seu comportamento no Dia de Ação de Graças, quando a mera ideia de vê-los como um casal a deixava à beira de um colapso nervoso. No entanto, naquele momento, eles pareciam... uma família.

Com um suspiro profundo, tentei afastar os pensamentos intrusivos que começavam a invadir minha mente. Retomei a direção, o motor do carro ronronando suavemente enquanto eu guiava o veículo até a garagem da casa vizinha. Estacionei com cuidado, o som dos pneus rolando sobre o cascalho quebrando o silêncio da rua. Peguei a garrafa de conhaque que havia comprado mais cedo e deixado no banco do motorista. Fechei a porta do carro com um baque surdo e caminhei indiferente aos vizinhos saltitantes na residência Sinclair.

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