CAPÍTULO 31: Doces Reconciliações

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♫Too Little Too Late - JoJo ♫

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Too Little Too Late - JoJo 


Com um suspiro sonoro, que ecoou pelo dormitório, depositei a última mala sobre a cama. Havia outras duas malas, repletas até a borda com tudo o que eu poderia precisar para as próximas três semanas de recesso de inverno. Eu voltaria para a familiaridade de Salém, para a casa que conhecia tão bem. Penduraria decorações de Natal, criando um ambiente festivo, e me aconchegaria no sofá para assistir aos filmes e séries que havia planejado meticulosamente.

Minhas notas, que haviam sofrido um golpe, foram recuperadas com a ajuda de alguns trabalhos que realizei. Os alunos, que antes estavam tão envolvidos no drama do meu vídeo que circulava pela internet e do meu surto no corredor, pareciam ter esquecido rapidamente desses incidentes. Era um grande alívio saber que ninguém mais estava tentando sabotar minha vida, que eu poderia respirar sem olhar por cima do ombro.

Apesar de ainda estar magoada com minha mãe, de não ter conversado com as garotas nos últimos dias e de sentir um pânico sutil sempre que me lembrava da morte de meu pai e do governador Villin, as coisas estavam, definitivamente, mais tranquilas. Não precisava mais me preocupar com a possibilidade de um intruso entrar pela porta ou com alguma pegadinha que me deixaria sem roupa e arrependida depois.

Minha vida estava em paz novamente, mas, por algum motivo desconhecido, sentia um vazio dentro de mim. Era como se algo estivesse faltando, uma peça do quebra-cabeça que não conseguia encontrar. E isso, de alguma forma, tornava a paz um pouco menos doce.

Na noite em que retornei à fraternidade após o encontro com Jack, as lágrimas fluíram livremente até que o sono me venceu. Ao despertar, com uma resolução recém-descoberta, decidi que era hora de varrer as lembranças daquele mês de pesadelo para debaixo do tapete da minha mente e tentar reorganizar minha vida. Jack havia transformado minha existência em um caos, semelhante a um furacão descontrolado, e a única opção que restava era tentar limpar e consertar os destroços deixados por sua passagem.

Não fazia sentido continuar olhando para a árvore próxima à janela do meu quarto, esperando ver sua presença sombria nas sombras dela. Não valia a pena ficar encarando a tela do meu celular, aguardando uma mensagem que nunca chegaria. Não era produtivo ficar observando a câmera do meu notebook, imaginando se ele estaria me observando do outro lado. E definitivamente não valia a pena esperar vê-lo nos corredores ou pelo campus da universidade. Uma parte de mim, provavelmente a parte doentia, ansiava por essas coisas, mas a parte racional sabia que o que eu havia feito era o melhor para a minha vida.

Inspirando profundamente, agarrei minhas malas e comecei a descer a escada da fraternidade. Notei que as outras garotas estavam fazendo o mesmo. No entanto, ao ver Cora, Pamela e Michelle conversando na sala de estar, sozinhas e, provavelmente, prontas para voltar para suas casas naquele período, percebi que era o momento certo para tentar reparar outra fissura que Jack havia deixado em minha vida.

Jack's RevengeOnde histórias criam vida. Descubra agora