CAPÍTULO 13: O Começo Das Travessuras.

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♫Downfall - Neoni♫

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♫Downfall - Neoni♫

Com todas as luzes do festival extintas, o local se transformou em um cenário sombrio, iluminado apenas pela lua que timidamente se escondia atrás das nuvens da madrugada. Uma ventania impetuosa varria o chão, levando consigo os detritos abandonados e as folhas secas do outono. Eu seguia a poucos passos de um homem alto, cujo cigarro exalava uma fumaça letal, saturando o ar com o aroma pungente de nicotina. Nas minhas mãos, segurava meus prêmios e meu celular descarregado, enquanto sentia as pernas fraquejarem e a cabeça pesar.

O Halloween havia terminado, mas parecia que as travessuras estavam apenas começando.

"Daqui para frente, eu tenho outros planos para você, bruxinha".

Não conseguia decifrar o que aquela cabeça psicótica com semente de abóbora no lugar dos miolos de seu cérebro queria dizer com aquilo, mas era notável que não seria algo bom. No entanto, decidi não perder mais tempo com questionamentos desnecessários. Precisava apenas ir embora e tentar não me arrepender das escolhas daquela noite, nem me preocupar com suas possíveis consequências.

Por Deus, eu estava uma bagunça, tanto por dentro quanto por fora.

Ao chegarmos ao estacionamento deserto, iluminado apenas pelos postes de luz, ele caminhou em direção a uma moto preta imponente. Preso ao guidão, havia apenas um capacete. Quando ele mencionou que seria "gentil" ao me levar embora, imaginei que seria em um carro confortável, não em uma máquina letal que oferecia apenas um item de segurança.

― Eu me recuso a subir nessa coisa ― declarei, paralisando meus passos abruptamente.

― Então, fique à vontade para tentar a sorte pegando carona com algum desconhecido na rua ou se aventurar a ir a pé ― ele retrucou com sarcasmo, segurando o capacete enquanto descartava a ponta do cigarro com um gesto displicente.

― Jack, só tem um capacete e eu estou sem nada por baixo da saia ― lembrei, mas parecia que ele estava pouco se importando com as normas de segurança no trânsito.

― Você fica com o capacete e pode curtir a brisa na sua garotinha aí embaixo ― sugeriu, estendendo o capacete em minha direção e ostentando um sorriso travesso ao ver minha expressão de desconforto. ― O quê? Vai me dizer que depois de ter trepado comigo na mata, agora está cheia de pudores?

Revirei os olhos e inspirei profundamente. Não era hora para discussões. Meu corpo, tremendo de frio, estava sujo de terra, sangue de porco e sêmen, além de doer como se tivesse sido atropelado por um caminhão. Eu só precisava ir embora e, se isso significasse enfrentar uma hora de viagem naquela máquina mortífera, que assim fosse.

Bufei, me dando por vencida. Coloquei o celular no cós apertado da minha saia e a sacola nos pulsos, peguei o capacete e o coloquei na cabeça, esperando que ele se posicionasse na moto antes de eu subir na garupa.

Jack's RevengeOnde histórias criam vida. Descubra agora