CAPÍTULO 15 - Doce Vingança

411 41 13
                                    

♫Toxic - Britney Spears♫

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

♫Toxic - Britney Spears♫

O suor pegajoso na palma das minhas mãos era um lembrete inconveniente da tensão ao falar em público. A mente perspicaz da professora acompanhava atentamente meu monólogo, enquanto os olhares indiferentes dos alunos oscilavam entre o projetor do auditório universitário e minha figura, que tentava ocultar o nervosismo evidenciado por gestos exagerados e voz elevada.

No passado, apresentações públicas não me intimidavam; já havia exposto diversos trabalhos acadêmicos e, no ensino médio, me destacava como oradora da turma e capitã das líderes de torcida. O nervosismo prévio era comum, mas dissipava-se rapidamente, ao contrário da ansiedade aguda que sentia naquele instante.

A turbulência vivida na fatídica noite de Halloween abalou minha estabilidade emocional, impactando negativamente em minha vida. Sidney sumiu da fraternidade e da universidade, não havia notícias de Brandon e Jack também desapareceu. Os três deixaram marcas profundas, físicas e psicológicas, que pesaram em minha semana, tornando-a sombria e melancólica.

Eu me esforçava para não remoer tais pensamentos e me concentrar em meus objetivos, embora certas memórias insistissem em permanecer, contra minha vontade.

Apesar dos reveses, prosseguia bem com a apresentação. Cora, qual anjo salvador, me ajudou com o meu notebook e trabalho. Realizei os ajustes necessários e tudo transcorria conforme o planejado: os slides meticulosamente preparados, a argumentação afiada e os dados científicos precisos. A perfeição reinava até que algo capturou meu olhar, fazendo as palavras se engasgarem em minha garganta.

Vestindo uma camiseta preta que aderia ao seu corpo alto e ridiculamente forte, Jack entrou na sala iluminada apenas pelo projetor. Seus cabelos negros estavam desalinhados sobre a testa, os jeans largos envolviam suas coxas robustas e as botas de combate completavam o visual. Ele se acomodou em uma das cadeiras vazias da penúltima fileira, sem alarde.

Permaneci confusa com sua presença, pois, desde o início das aulas, jamais o avistara naquela disciplina ou, se quer, pelo campus da universidade. A professora também notou sua chegada inesperada, no exato momento em que meus olhos se fixaram naquele maldito brutamonte.

— Oh, é um novo integrante da turma? — indagou Srta. Still, capturando a oportunidade do meu silêncio para inquirir sobre sua súbita aparição.

"Não, ele é um demônio", pensei, ao testemunhar o sorriso confiante que Jack ostentava.

— Sim, me desculpe pela interrupção, acabei confundindo o horário das aulas — respondeu ele, e eu não pude deixar de considerar aquilo uma mentira óbvia.

— Sem problemas — respondeu ela, com um sorriso conciliador, antes de direcionar o olhar novamente para mim. — Continue, Srta. Sinclair.

Uma sensação de secura formou-se em minha garganta, tornando-se difícil de engolir, como se um bolo de areia estivesse preso em minha traqueia. Embora suspeitasse que Jack estivesse ali somente para me infernizar, o nervosismo intensificou ao ponto de me perder na explicação. Meu coração acelerou, as mãos transpiraram ainda mais e eu estava hiperconsciente dos seus olhos negros fixos em mim.

Jack's RevengeOnde histórias criam vida. Descubra agora