Passeio prometido

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   Meu celular tocou às 14:00, eu tentei desligar, mas Sukuna fez questão de reforçar o som do despertador. Eu estava dormindo que nem um anjinho, logo aquele encosto do meu querido irmão entrou no meu quarto ainda de pijama. Sukuna resmungou ao ver eu ainda deitado, assim, ele pegou o travesseiro que eu abraçava que agora esse travesseiro estava jogado de canto. Logo que ele pegou o meu travesseiro, Sukuna o tacou com força na minha cara, parecia até mesmo que estava com raiva de mim. Acordei assustado por receber aquela porrada dele com o travesseiro, assim, eu o olhei e me emburrei pelo seu ato.
          -O quê deu na sua cabeça?!
          -Anda! Acorda seu pivetinho!!
          -Tá irritado porquê, hein?!? - Gritei quando ele saiu do quarto, indo pra cozinha direto. Me levantei tentando me acalmar um pouco e até que consegui fazer isso. Fui em direção da cozinha, Sukuna se sentou no sofá da sala resmungando e de braços cruzados. Sério! Eu não consigo entender aquela raiva toda excessiva dele! Andei até o encontro do Sukuna, o olhei com seriedade.
          -O quê é que tá acontecendo pra estar tão estressadinho?
          -Dormi mal...
Agora fazia sentido. Bom, quando o Sukuna não dorme bem, ele acorda irritado ao extremo que xinga tudo, desde de palavras leves até palavrões pesados. Então estava explicado o porque daquela agressividade toda dele só pra me acordar.

   Bom, quando eu tomei o café e vi que marcavam 14:38 no relógio, fui direto pro meu quarto. Peguei o moletom preto que anteriormente tinha comprado que tinha um crânio, vamos dizer, com traços e forma de desenho fofos de cor branca, em seguida vesti uma calça jeans escura larga e botei o meu tênis preto de detalhes mínimos brancos. Peguei meu celular com 97% de bateria colocando ele dentro do bolso, o meu fone preto e claramente as notas do Sukuna. Eu fiquei sentado na cozinha sem fazer nenhum barulho pois antes de tomar café e me arrumar, deixei Sukuna dormindo no sofá coberto e deitado no travesseiro dele. Parecia tão calmo dormindo, mas acordado era igual o satanás. Enfim, bateu 14:59, eu achei que o Fushiguro não viria, mas no último segundo a campanha tocou. Eu não fui muito animado, pois sabia que devia ser a Kugisaki porque, como eu disse, ela era a única que tocava aquela campainha velha e esquecida. Abri a porta meio entediado já começando a falar com a "Kugisaki".
          -Veio me encher o saco com o quê agora, hein, Kugisaki? - Disse eu parecendo irritado e cansado por saber o que viria de resposta.
          -Ahn? Por acaso "Kugisaki" é um novo apelido meu?
Disse a voz que eu sabia de quem era. Levantei a cabeça corando pois fiquei falando como se fosse um tipo de trombadinha achando que era a Kugisaki na porta. Fushiguro estava em minha frente rindo da minha reação ao ver finalmente que era ele na porta.
          -F-Fushiguro?!
          -Não! É a sua vó, não dá pra notar, não? - Falou ele em tom de zueira pra mim.
          -Ah, seu engraçadinho...
          -É, eu sei. Parece que ficou pronto mesmo no prazo certo.
          -Claro que fiquei! Você acha que eu fico fazendo o que pra me arrumar? Ligo pra um monte de lugar pra me produzir?
Quando eu disse isso, Fushiguro deu risada, uma risada que parecia muito mais sincera do que qualquer outra que ele já tinha dado. Eu fiquei um pouco confortável até com aquilo, voltando, Fushiguro me olhou novamente com um sorriso.
          -Ok, ok. Mas e então? A gente vai ou não ir fazer alguma coisa?
          -Vamos!
Disse eu como se fosse uma criança. Eu saí e tranquei a porta cautelosamente, dessa forma, eu e Fushiguro andamos até minha casa sumir de vista.

   Eu e o Fushiguro fomos de início no parque, as crianças começaram a nos puxar pra irmos brincar com elas e tivemos que ir, eu ri muito quando o garotinho atirou, com a arminha de água dele, na cara do Fushiguro. Ele saiu de lá todo molhado, com certeza iria pegar algum resfriado, mas não aparentava ter isto futuramente. Por segundo, fomos no aquário, até que foi barato dois ingressos, ficamos por um momento por cima da água em que os peixes estavam e levei um susto quando eu ficava vendo os baiacus e do nada surgiu um tubarão martelo, Fushiguro teve que me segurar pra eu não cair no chão. Por último, fomos na sorveteria que eu fiz questão de o lembrar de comprar pra mim e pra ele. Ele comprou e sujou a ponta do nariz, parecia aquelas crianças do parque quando sujou o seu nariz com o sorvete.

   O dia foi até que divertido, ele me levou até em casa, foi comigo até a porta. Quando eu estava já dentro de casa e prestes a fechar a porta, Fushiguro sorriu pra mim passando a mão dele pelo meu cabelo, assim, beijando denovo minha testa, dessa vez, não fiquei vermelho com o seu ato. Ele riu comigo, logo, desceu os degraus me acenando e saindo do meu campo de vista. Sorri quando ele se foi e tranquei a porta, eu acendi a luz da sala e quase dei um salto tão grande que chegava ao teto quando vi Sukuna me encarando sério sentado na poltrona. Me senti desconfortável com aquilo dele de me encarar feito um psicopata.
          -Onde estava? - Perguntou sem nenhuma emoção, nem a de raiva.
          -Estava... Na casa da Kugisaki?
          -Não mente pra mim, eu liguei pra ela e ela me disse que você não estava lá. - Ele encostou, ainda com os olhos fixos em mim, na poltrona completamente. -Irei perguntar mais uma vez. Onde você estava?
          -Tá, eu estava na sorveteria. Pronto! Satisfeito com a resposta?
          -Okay.. E quem era o rapaz?
Quando ele fez essa pergunta pra mim, fiquei todo vermelho. Claramente ele fazia essa pergunta com o pensamento de que ele talvez fosse meu namorado, eu sabia que isso era o que Sukuna estava pensando, como quando eu conheci Kugisaki, mas ele não falou pra que nós pudéssemos ouvir.
          -Rapaz? Que rapaz? - Disse eu tentando disfarçar.
          -Você sabe muito bem de que rapaz eu estou falando...
          -Ehh... Qual em específico? Tem muitos rapazes com quem eu falo!
          -O quê acabou de ir embora e ainda te trouxe até a porta de casa.
Agora eu tinha certeza absoluta que ele pensava que eu namorava ele só ouvindo a parte "Ainda te trouxe até a porta de casa", porquê pro meu irmão alguém que leva a pessoa até a porta da casa dela, significa que ambos tinham um relacionamento romântico. Meu rosto se esquentou.
          -Ah! O Fushiguro? Então, ele é... Um amigo meu que conheci...
          -Desde quando?
          -Bom, desde... Anteontem, sabe?
          -Hum. - Sukuna me lançou um olhar mais penetrante ainda. -Okay. Só um amigo. Já que é só "um amigo" - Disse ele fazendo aspas com os dedos. -Não vai ter problema se eu ficar de olho nos dois, ou vai?
Ele sorriu desafiador parecendo que tentava fazer eu falar o que acontecia de fato entre eu e ele. Mas eu resisti e concordei com a cabeça, indo direto pro meu quarto e me trancando lá dentro. Quando me tranquei dentro do quarto, tirei aquela roupa e assim vestindo a de casa. Me deitei cansado e adormeci quase ao mesmo momento com o pensamento de que o Sukuna iria ficar de olho em mim junto com o Fushiguro. Aquilo perturbava a minha cabeça mesmo eu dormindo.

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