Andei por quase 15 minutos, meus pés estavam começando a doer. Eu até pensei em ir na casa de Kugisaki, mas é muito longe, então a segunda opção que surgiu em minha cabeça foi a casa do Fushiguro que não estava tão distante se eu fosse contar desde o lugar em que eu atualmente me encontrava. Tentei caminhar mais e consegui mexer minhas pernas incrivelmente, mesmo com o cansaço.
Vinte minutos se concluíram, cheguei realmente na casa dele, eu tentei descansar um pouco me apoiando na cerca branca da casa. Eu já tinha ido umas duas vezes na casa dele pra terminar um trabalho de 20 páginas. Quando eu levantei a cabeça, ouvi um som de alguma coisa se mexendo na moita que decorava a casa, levei um mini susto quando ouvi.
-Q-Quem tá a-aí?
Perguntei trêmulo como se eu tivesse falando com algum tipo de monstro das trevas. Algo então saiu de trás da moita, não dava pra ver quem ou o que era por conta da sombra da árvore que tinha lá e da escuridão que estava aquela noite. Gritei e meti a mão na boca pra que eu não gritasse de novo. Ouvi uma risada vindo de onde estava aquela coisa, reconheci na mesma hora ela.
-Foi mal. Te assustei?
Fushiguro era aquele suposto monstro que eu imaginei que fosse saindo de trás da moita, eu suspirei aliviado ao ver que era ele e ri também.
-Um pouquinho...
-Não pareceu ser só "um pouquinho". - Disse rindo e abrindo a porta da cerca pra que entrasse no quintal. -Mas e então? O que tá fazendo aqui a essa hora, pequeno?
Levei um arrepio quando ele fez a pergunta. Como eu iria dizer que eu estava fugindo de casa pra ele? Ainda mais pra ele!! Suspirei meio vermelho e sem graça, então me virei pra ele.
-Bom, é q-que...
-O que tá aprontando? - Falou Fushiguro rindo sacana pra mim, me arrepiando novamente.
-E-Eu? Apr-pr-prontando? Não! Você deve tá ficando doido!
-Dá pra perceber que você tá escondendo alguma coisa. Tá gaguejando, tá com uma mochila nas costas, tá evitando me falar o que tá acontecendo, tá vermelho e também tá aqui em casa num horário deserto, vamos dizer.
Fushiguro cruzou os braços e se aproximou de mim, quando ele havia se aproximado um pouco mais, ele levantou minha cabeça pelo queixo, parecendo até que pretendia fazer outra coisa. Fiquei vermelho mais do que já estava, Fushiguro riu disso.
-Vai me contar o que houve?
Gemi constrangido e medroso, por assim falar, e o olhei de novo.
-Eu fugi de casa... - Disse eu notando a feição surpreendida dele ao ouvir. -Aconteceu alguns problemas sérios em casa e então... Decidi fugir pra não ficar ouvindo sem fazer nada...
Respondi meio entristecido e querendo chorar por imaginar que talvez o Sukuna ou o Gojo tenham recebido danos graves por aquele cara violento. Eu deixei uma lágrima cair, então abaixei a cabeça começando a chorar segurando o pulso da mão de Fushiguro que segurava ainda meu queixo. Ele agora tinha passado sua mão pra trás da minha orelha, fazendo eu levantar a cabeça de novo, ele sorriu pra mim.
-Se isso aconteceu mesmo, posso tentar ajudar, pode ser?
-Uhum...
-Okay. Então porque não entramos e no meu quarto me conta o que aconteceu?
Engoli o choro e dei um sorriso, meio torto mas sorri. Aquele meu ato pareceu animar o Fushiguro. Ele se distanciou de mim e foi até a porta segurando a minha mão. Vi Fushiguro abrir a porta, então vi a mãe dele junto com um homem que eu não me lembrava de o ver, provável que não estava presente quando eu vim. Ele me puxou pra dentro da casa, assim, o homem e a mãe do Fushiguro olharam. A sua mãe sorriu quando viu que era eu, já o homem me encarou sério e que estranhamente me deu medo.
-Ah, Itadori! É você! Que surpresa estar aqui! - Ela me abraçou e deu um beijo em meu rosto, como se fosse minha mãe também. Bom, já estava acostumado, segundo o Fushiguro, sua mãe faz isso com todos os amigos que ele tem.
-Oi pra você também senhora!
-Ai, já falei que pode me chamar de tia! Não tem problema não! - Ela se afastou e foi até a pia de novo.
-Quer sentar? - Ofereceu Fushiguro pra mim pois minha mão segurava a dele tremendo, acho que isso fez ele querer me oferecer sentar.
-Ahn? Ah, tá. Pode ser.
Me sentei na poltrona que estava em frente ao homem assustador, Fushiguro se sentou na poltrona ao lado da que eu estava. Ele notou que aquele homem me encarava e então começou a suspirar fundo.
-Esqueci de te apresentar. Itadori, esse aí é o meu pai, Toji e pai, esse é o Itadori.
O pai dele, segundo o que Fushiguro disse, olhou pra mim e logo que ouviu acho que direito meu nome, ergueu a sobrancelha direita.
-Itadori? O Itadori?
Não entendi o porquê ele falou meu nome desse jeito.
-É, pai...
-Ah, então você que é o namorado dele?
Quando ele disse isso, fiquei vermelho e Fushiguro a mesma coisa. Naquele momento eu só queria enfiar minha cabeça em um buraco pra nunca mais tirar ela de lá. Fushiguro virou o rosto pro lado contrário em que eu estava e pôs a mão no rosto, a mãe dele se aproximou segurando com luvas de pano uma bandeja de prata com alguma coisa encima.
-Eu falei a mesma coisa! - A mãe dele se sentou no canto do sofá em que estava próximo do homem. -Vocês são tão fofos juntos! Dariam um casal muito bonitinho!!
-Tá bom! Já chega disso!
Falou Fushiguro se levantando agarrando minha mão e me levando até o encontro das escadas. Subimos elas e fomos em direção do quarto dele. Ele abriu a porta e entrou segurando minha mão ainda.Entramos lá no quarto dele, então ele soltou minha mão e me olhou ainda vermelho. Acho ele tão fofo quando fica desse jeito.
-Olha, desculpa pelos meus pais, eles não sabem a hora de parar!
-Tá, tudo bem. Entendo isso de ter alguém que fica falando uma coisa para os outros que nem é verdade, tipo namorar alguém.
Ri pra ver se animava ele, pelo visto, funcionou, sabe no que eu tenho dúvida? Porque será que eu consigo melhorar o Fushiguro de forma tão fácil? Bom, enfim, ele sentou na cadeira sua e fez menção pra que eu sentasse na cama, assim eu fiz o que me "mandou" fazer.
-Já que estamos aqui, pode me contar sobre o porquê veio pra cá.
-Tá, eu vou falar... - Suspirei pra me sentir mais tranquilo de dizer. -Você conhece o Sukuna, né?
-Sim, ele é seu irmão mais velho.
-Então, era isso pra mim até ontem. Acontece que na verdade eu tenho outro irmão, o verdadeiro mais velho...
Fushiguro se surpreendeu.
-Nossa, que... Bom, enfim! Continua!
-Okay, esse irmão meu parece que nos abandonou quando eu ainda era bebê e nós tínhamos perdido nossos pais. Segundo o Sukuna, ele nunca falou desse nosso irmão porque não queria me manter perto dele depois do que ele fez. Bom, ontem a noite esse irmão mandou mensagem pra gente dizendo que iria voltar hoje e meio que fez isso...
Eu parei e novamente gemi medroso, Fushiguro me olhou.
-E o que aconteceu a seguir?
-Bom... Esse nosso irmão ele começou a discutir com o Sukuna, então o Gojo tentou parar a briga e defender meu irmão, mas... Resultou em ele apanhar e Gojo e Choso começarem a se bater... Foi aí que eu decidi fugir e fiz isso...
Comecei a me entristecer de novo, então Fushiguro se sentou ao meu lado fazendo carinho no meu ombro.
-Isso é complicado mesmo... Mas, se quiser, pode ficar aqui... Pelo menos por essa noite.
Olhei ele e dei um sorriso, o que provocou outro vindo dele.
-Sério?
-Minha mãe obviamente vai deixar e o meu pai concorda com tudo que minha mãe decidi. Resumindo... - Ele passou a mão pelo canto do cabelo. -Você pode dormir aqui hoje...
Dei um sorriso agora largo, abracei por impulso ele. Me arrependi de fazer isso, então o soltei rapidamente ficando vermelho, Fushiguro viu isso e riu de mim.
-Não tem problema! Pode me abraçar!
Quando ouvi isso o abracei recebendo agora carinho na cabeça, sorri pra ele e vi ele sorrindo também.
-Você é especial, sabia?
-Sou? - Olhei ele confuso.
-É. Você é sim.
-Porque acha isso?
-Porque você é uma pessoa que se preocupa mais com os outros do que de si mesmo e faz de tudo pra tentar agradar as pessoas, bom, aquelas que gostam de você...
Fushiguro disse ainda acariciando meu cabelo, ri e me sentei.
-Espera, onde vou dormir?
-Hum? - Ele me olhou. -Então... Meio que não tem saco de dormir, então ou alguém vai dormir no sofá ou os dois dormem da mesma cama.
A última opção fez eu ficar vermelho mais do que antes, eu gemi constrangido por isso.
-Se fosse a primeira, quem dormiria no sofá?
-Eu dormiria.
-Ah... - Fiquei pensando em que ele ficaria com o corpo doído dormindo no sofá só pra eu estar no conforto de dormir na cama. -Hum...
Fushiguro me olhou.
-Então? Dormimos juntos ou um dorme no sofá?
-Ahn... - Fiquei vermelho o rosto todo quando decidi. -... Eu a-acho que a g-gente pode do-do-dormir juntos...
Ele me olhou e riu depois.
-Okay. Vamos dormir juntos então.
Fushiguro riu de novo se deitou num lado de costas pra mim, eu me deitei da mesma forma que ele, então eu fiquei alí deitado me afundando profundamente em pensamentos.
-Ei, Itadori.
-O quê foi?
-Boa noite...
Olhei pra ele devagar, então sorri pra ele sem o mesmo ver esse ato meu.
-Boa noite pra você também, Fushiguro.
Ouvi ele rir com a resposta então sorri largamente e deitei novamente, adormeci rapidamente.
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In love with school's popular!
Fiksi Penggemar--IN LOVE WITH THE SCHOOL'S POPULAR-- Classificação: 10 anos Sinopse: -Sabe aquele aluno onde todo mundo nem encosta por achar ele estranho? Pois é, esse sou eu. Me chamo Yuuji Itadori e pela coloração do meu cabelo eu não tenho amigos. São 0% de...