Aniversário de Sukuna

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   Aquela noite foi mais ou menos, eu até dormi bem, mas aquele pensamento que eu estou gostando do Fushiguro estava invadindo os meus sonhos! Ou talvez pesadelos... Enfim, eu acordei e não encontrei Sukuna, o que dessa vez era bom. Eu comi seis bolachinhas e fui direto pegar o celular pra avisar a Gojo e Kugisaki que a fera não estava presente. Sentei na cama, peguei o celular e fui falar com o Gojo primeiro.
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                     E aí, Gojo? Tá trabalhando?

GOJO: Oi! Não tô não!
Mas e então? Seu irmão tá
ainda em casa?

             Não, eu acordei e já tinha saído

GOJO: Então eu já vou indo!

                                    Mas Gojo! Espera aí!

GOJO: Ah, sim, Yuuji?

                   Agora vc pode me dizer qual
               é o presente que vai dar a ele?

GOJO: Ainda não...

                                     HUM!! SEU CHATO!!
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   Tirei do contato dele emburrado e fui logo no da Kugisaki pra ver se passava um pouco aquela raiva. Se bem que ela vai me provocar também com o fato de eu estar... Tendo sentimentos a um certo alguém... Cliquei e mandei mensagem.
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                     Oi, Kugisaki! Tá preparada?

KUGISAKI: Eu já nasci
preparada, meu bem! U3U

                                                         Kkkkkkkk

KUGISAKI: Bom, eu já tô
na calçada que dá direto
em sua casa!
Então tchauzinho!
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   Ao contrário do que eu pensei, ela nem citou alguma coisa em relação ao fato de eu estar gostando de alguém. Bom pra mim. Logo depois de falar com eles dois, eu saí de lá do meu quarto e deixei a porta aberta, fui pegar as coisas, aos ingredientes eu me refiro, e deixei em cima da mesa.

   Deu 18:45, já estava escuro, Gojo foi quem chegou primeiro e foi fazer os brigadeiros e beijinhos que pedi pra ele fazer. Havia batido 19:15 e nenhum sinal da Kugisaki, quando eu estava colocando os pratos doces na mesa e Gojo amarrava os balões na parede, a campainha tocou e eu tinha certeza que era ela pois só Kugisaki tocava aquela velha campainha que ninguém sabia da existência mais. Eu coloquei o último prato doce no lugar da mesa e fui direto pra porta, assim, abrindo ela meio emburrado.
          -Eu achei que não viria! - Falei eu irritado. -Porque demorou tan...
Eu fiquei calado quando eu decidi olhar, quando fiz isso fiquei vermelho e notei isso pois meu rosto ficou quente, eu senti isso. Além de ter vindo atrasada quase no horário que Sukuna iria chegar, ela também trouxe Fushiguro consigo.
          -Oi, Yuuji! Eu acabei encontrando com o Megumi enquanto vinha pra cá, então eu trouxe ele pra parabenizar seu irmão também! Não tem problema, não é?
Perguntou Kugisaki que me olhou com um olhar bem sacana. Eu fiquei paralisado, então eu voltei pra realidade e tentei achar fôlego pra responder.
          -P-Pode!... N-Não tem nenhum pr-problema!... En-Entra!
Disse eu sem mais nada pra dizer ou ideia pra disfarçar que eu não queria ele alí. Obviamente isso iria deixar ele chateado, então eu só quis aceitar aquilo. Kugisaki e Fushiguro entraram dentro de casa, Fushiguro foi até onde estava próximo ao Gojo que havia um pedaço de fita na boca tentando colar o último balão do lado direito. Kugisaki estava perto da mesa, colocando os copos de plástico que havia trazido na mesa ao lado da garrafa de refrigerante. Eu fui até ela e a puxei pelo braço quando ela tinha soltado os copos. Levei ela comigo até o canto da sala, a olhei irritado e Kugisaki pareceu entender o porque.
          -Porque você trouxe o Fushiguro junto com você? A festa era só entre nós quatro! Ai, se ele ver ele...
          -Sim, mas porquê toda essa preocupação haver com o Sukuna?
          -Acontece que o Sukuna é um irmão muito ciumento e se ele ver o Fushiguro aqui, ele vai fazer um monte de perguntas sobre ele e até mesmo deduzir que eu e ele estamos... - Eu parei de falar e fiquei meio vermelho e Kugisaki sabia o porquê pois a feição sacana de novo.
          -Você estão o quê?
          -Sabe o que ele vai pensar...
          -Não sei não. Fala pra mim!
          -Ah, não começa com isso...
Eu saí de lá com os risos de Kugisaki ao fundo, fui ao encontro de Fushiguro que olhava para a janela, eu não entendi o porquê e então me aproximei a ponto de meu braço encostar no dele.
          -O quê está olhando? - Perguntei curioso pra Fushiguro que apontou pra mesma janela.
          -Aquele carro vermelho é do seu irmão?
          -QUÊ?!?
Eu olhei desesperado pra janela e lá estava o carro de Sukuna tentando estacionar na garagem. Fiquei desesperado e fui até Gojo que tinha terminado de acabar de colar os balões. Ele me olhou e estranhou eu puxando ele pela manga do casaco preto dele.
          -O quê aconteceu? Porque está tão desesperado?!
          -Chama a Kugisaki e manda ela ficar na posição dela! Fique você e o Fushiguro também! O Sukuna acabou de estacionar o carro na garagem!
Gojo fez a mesma cara que eu quando vi o carro dele, assim correndo e puxando Kugisaki pra mesa, Fushiguro foi por conta própria até que tranquilo. Eu olhei pra janela de novo, Sukuna já estava indo em direção da porta pra entrar com a chave na mão, eu fui até o interruptor e desliguei a luz da sala. Fui direto ao lado de Fushiguro no lado direto e mantemos o silêncio absoluto. Ouvimos o som da chave de Sukuna abrindo a porta. Quando ele abriu a porta e tirou a chave, ficou parado sem fazer nada.
          -Oi? Quem deixou tudo escuro? - Disse ele ligando a luz aparentemente nervoso. Quando ele ligou a luz, eu, Kugisaki e Gojo levantamos as mãos sorrindo.
         -Surpresa!!
Dissemos em coro, Fushiguro riu quando fizemos isso. Sukuna ficou de cara pasma olhando nós quatro, ele parecia não entender aquilo como se nem soubesse o que era aquilo.
          -O quê vocês...
          -Parabéns, Sukuna! Tenha muitos anos de vida! - Kugisaki abraçou ele pelo pescoço e o soltou em seguida.
          -Feliz aniversário, irmão! Que sua vida seja alegre e de sucesso! - Eu agarrei ele pelo tronco e o olhei ainda abraçando ele. Sukuna ainda olhava as coisas como desentendido.
          -Ahn, obrigado...
Depois que eu soltei ele, Gojo foi ao seu encontrou, Sukuna o olhou com o mesmo rosto atual misturado com o de quando ele chegou.
          -Feliz aniversário pra você, Sukuna. - Gojo sorriu pra ele com as mãos no bolso do casaco.
          -Obrigado.
          -Que foi dessa vez? Agora o motivo da irritação é a minha roupa? - Disse Gojo rindo dele, Sukuna parecia tentar não rir com o dito dele.
          -Não. É outra coisa.
          -Tem haver comigo?
          -Não tem haver com você...
Sukuna olhou pra Kugisaki que comia o seu segundo brigadeiro e colocava refrigerante no copo pra beber, enquanto eu tentava fazer ela parar de comer se não Gojo e Sukuna não iriam comer era nada. Gojo olhou também, olhando novamente ele que ainda observava nós dois. Gojo riu recebendo a atenção de meu irmão de novo.
          -E o que foi então que aconteceu?
          -Só uma acusação pra um colega de trabalho meu sendo que ele não fez nada... - Agora ele cochichava pra si mesmo sem notar que o tom em que falava Gojo podia ouvir. Aliás, eu tô falando o quê tá acontecendo porque depois o Gojo me contou. -Aquele maldito não foi quem ficou desempregado...
Gojo o olhou sem numa alegria, sorriso ou riso. Só tinha agora a de surpresa.
          -Você foi despedido?
          -Não fui eu que fui despedido, foi um cara lá que era bem útil pra me ajudar, mas ele foi acusado de uma coisa que nem foi ele que fez.
           -E ficou preocupado com ele?
Sukuna deu agora mais atenção a Gojo do que pra Kugisaki que sujou a mesa com refrigerante e Fushiguro que a lhe dava um estabefe como castigo daquilo que fez. O meu querido irmão riu da pergunta dele.
           -Agora é você que tá com ciúmes?
           -Bom, ao contrário de certas pessoas, eu admito o que sinto. - Falou tirando um sorriso de Sukuna. -E respondendo a sua pergunta, eu posso até estar com um pouco de ciúmes...
Gojo fez feição meio irritado, na cabeça de qualquer um aquilo seria considerado um ato possessivo. Mas o meu irmão não encarava isso como algo de possessão romântica, então somente ria. Sukuna foi em nossa direção e nos ajudando a arrumar novamente a mesa que a Kugisaki fez questão de sujar.

   Ficamos brincando de jogos com dominó, UNO, adivinha, mímica e outros; o tempo passou bem rápido, chegou em nossa cabeça cerca de 15 minutos jogando e já era hora de cantar parabéns. Sukuna foi empurrado a ficar no meio de mim e Gojo, quando Kugisaki iria tirar a foto, nós dois beijamos o rosto dele (fazendo ele ficar meio tímido). Depois disso, cantamos os parabéns e em seguida era a hora dos presentes. Eu fui e entreguei o pacote de Kugisaki a ela, o mesmo com Fushiguro que deve ter ido com ela naquela demora numa loja pra comprar alguma coisa. Kugisaki foi quem foi primeiro, ela correu em direção a Sukuna e entregou o pacote.
          -O quê é?
          -Abre pra descobrir!
Disse ela sorridente, Sukuna a olhou e logo pra Gojo que o gravava, assim, ele pôs a mão na frente da câmera do celular fazendo ele rir disso.
          -Quê? - Começou Gojo com um tom risonho. -Só tô gravando!
          -Por isso mesmo eu estou tampando.
Sukuna tirou a mão da câmera e rasgou o pacote, tirando um relógio negro com detalhes dourados de lá. Nós exclamamos felizes e até mesmo ele sorriu ao ver.
           -E então? Você gostou? - Perguntou Kugisaki impaciente.
           -Gostei, sim.
Kugisaki pulou alegre por acertar o gosto dele, então Fushiguro foi o próximo e entregou a Sukuna. Ele nem questionou de quem era o Fushiguro, o que foi um alívio pra mim. Sukuna abriu o embrulho azul. Quando ele abriu, ele puxou de lá um tablet, o que me impressionou bastante pois achei que seria algo mais simples. Na real, algo MUITO mais simples! Kugisaki ficou olhando logo se agarrou no braço do Fushiguro com cara chorosa.
          -Megumizinho... Pode comprar um tablet pra mim cara... Somos amigos...
Todos rimos, Fushiguro sorriu e negou pra ela com a cabeça fazendo ela sair de seu braço fingindo choro. Agora era eu, peguei meu pacote com um pouco de receio achando que ele poderia não gostar. Entreguei aquele embrulho pequeno de cor rosada, Sukuna ergueu a sobrancelha ao ver o tamanho igual Kugisaki e Fushiguro. Gojo já sabia o que era então somente sorriu ainda gravando.
          -O quê me deu? A geladeira de uma casa de boneca?
Gojo riu do dito e eu só sorri.
          -Porque não abre logo? - Falou ele ajeitando o celular pra gravar as mãos dele abrindo o presente.
           -Tá legal...
Sukuna resmungou pelo apressamento, em seguida, ele abriu o pacote rosa vendo a caixinha preta do meu presente. Eu dei pra ele um fone bluetooth, já ouvi uma vez ele dizer que gostaria de obter um desses porque os de fio não eram muito bons no ponto de vista dele. Ele ficou olhando, em seguida, deu um sorriso a caixinha. Foi um sorriso maroto mas sincero. Eu abracei Sukuna, depois Kugisaki e Gojo por último. Olhei pro lado e vi Fushiguro olhar nós quatro, então puxei ele junto. Rimos e nos soltamos.
           -Ei! - Kugisaki recebeu nossa atenção. - Ainda tem o presente do Gojo, não tem?
           -Uhum!
Kugisaki e eu olhamos Gojo, ele sorriu sacana pra nós.
            -Se é assim, eu vou dar o presente...
Gojo se levantou e estendeu a mão pra Sukuna, que segurou ela e seguiu como ele o comandava. Nós três ficamos olhando pela janela vendo o quê acontecia lá dentro em casa.
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N A R R A D O R - O N N

   -Após ambos saírem de dentro de casa, Sukuna e Gojo estavam embaixo da neve, caindo flocos neles dois. O maior olhou pro rosado que o encarava sem entender do porque eles foram pra lá.
          -Porque vínhamos pra cá se era só pra dar um presente? - Questionou Sukuna confuso.
          -Mas eu vou dar o presente!
          -E cadê ele?
          -Quanto a isso... - Gojo sorriu amigável. -... O presente não é algo físico que nem os que recebeu anteriormente...
           -O quê é então?
           -Isso...
Quando o rosado iria fazer mais uma pergunta, o maior o calou antes de fazer isso beijando ele. Em só segundos, aquilo parou, vendo o rosto vermelho do menor.
            -Porque você...?
            -Um pouco antes de chegar a 3 dias restantes pro seu aniversário, perguntei pra você o quê queria de fato. - Ele sorriu. -Disse que queria ter algum parceiro que fosse te acompanhar pro resto da vida, no sentido romântico, foi isso ou eu me enganei?
Sukuna sabia exatamente do momento que aconteceu e da resposta que ele deu, assim, o mesmo corou ao lembrar disso e o maior rir.
           -Se esse é o seu desejo real... - Gojo se aproximou de novo do rosto dele. -... Quero realizar ele pra você...
Depois de dizer isso, ele o beijou novamente. O mais óbvio de ele fazer era o empurrar ou negar pra ele parando aquilo, mas não. Ao contrário do que se imaginava, ele não parou ou empurrou o esbranquiçado, ele pôs a mão na nuca do outro e quando aquilo parou, ambos sorriram entre eles.
           -E então?... Quer isso?...
           -Eu... - Sukuna olhou de Gojo a janela, vendo os três amigos olharem desesperadamente a cena toda. -... Quero...
Denovo os dois se beijaram e pararam quando ouviram os gritos alegres que atrapalharam até os vizinhos de Nobara e Itadori dentro daquela casa, enquanto Fushiguro ria dos dois pelo ato de felicidade excessiva. Sukuna e Gojo riram também ao verem aquilo.

In love with school's popular!Onde histórias criam vida. Descubra agora