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Pequeno acidente

   Eu dormi mais rápido do que de costume, foi só eu deitar que eu já dormi. Acho que o meu dia havia sido cansativo porque antes de nós dois dormimos, fizemos a janta. Foi quase um desastre quando eu esqueci de desligar o fogão e queimou quase 100% do arroz, Sukuna me deu uma colherada na cabeça quando viu o que eu fiz. Mas enfim, comemos e fomos dormir rapidamente. Agora já era outro dia. Eu estava dormindo feito um anjo, mas o diabo do Sukuna foi atrapalhar o meu sono. Senti ele me balançar calmamente de início.
          -Ei, baixinho! Acorda!
Eu gemi como resposta, mas ele ainda insistiu em me acordar.
          -Yuuji Itadori, estou mandando você acordar pra ir a escola!
          -Me deixa...
Novamente eu dei pra ele como resposta um gemido. Quando eu menos esperei, Sukuna me derrubou da cama puxando a ponta da coberta que me enrolava todo e isso resultou em cair. Eu acordei na hora e o olhei meio irritado e vi seu sorriso sacana.
          -Eu tentei te acordar de uma forma pacífica, você que não acordou...
          -Qualquer dia eu mato você!
Me levantei e derrubei Sukuna na minha cama com o travesseiro na cara dele, ouvi sua risada quando fiz isso.
          -Tá, tá! Desculpa, majestade!
Resmunguei mas dei um sorriso indo direto pra cozinha, quando eu bati o olho no relógio, corri pra ir tomar café. Sukuna mexia no celular enquanto eu buscava desesperadamente pelo kimono que havia sumido do meu armário. Fui na direção do Sukuna.
          -Onde tá o meu kimono?
          -Seu kimono?
          -É! O meu kimono!
          -O velho eu dei pra doação porque não quis jogar fora e o novo tá encima da pia do banheiro.
          -Valeu!
Sai correndo e peguei o kimono em cima da pia, me vestindo rapidamente no meu quarto ele. Ouvi duas batidas na porta.
          -Pode abrir!
Sukuna abriu e sorriu quando eu me levantei, ficando em minha frente.
          -É, ficou bom em você... Mas não tem ainda aquilo de ir com alguém da família, né?
          -Não, não tem mais! Pode ficar despreocupado! Isso é só pra os pequenos...
Bom, na minha escola, o período da tarde são os pequenos que estudam e de manhã os grandes. Sukuna suspirou.
          -Certo. Hoje eu vou te levar!
Ele mostrou a chave e me deu um ramo pequeno de flor roxa falso, assim, colocando na minha orelha. Ele me virou pro espelho pra que eu visse.
          -Curtiu?
          -Uhum! Gostei, ficou fofo!
          -Então eu acertei. Mas enfim, você vai escolher. Vamos de carro ou a pé?
Eu olhei pra ele e sorri, Sukuna logo retribuiu. Pensei, pensei e me decidi.
          -Como hoje você vai me levar, vamos do jeito que eu sempre vou. A pé.
Sukuna resmungou rindo.
          -Só pra me dar mais canseira, né?
          -Talvez sim, talvez não...
          -A maldade tá no seu sangue...
Ri pra ele, então logo andamos até a porta. Quando sai pela porta, eu vi alguns dos alunos da minha escola indo de kimonos de cores vibrantes e nenhum de uma cor branca, preto ou algo assim, me senti um pouco diferente... Sukuna percebeu logo segurou meu ombro e olhou pra mim sorrindo amigavelmente.
          -Ei! Se anima! Você tá bonito!
          -Tudo bem...
Depois disso, andamos até a escola, alguns dos meus colegas olhavam Sukuna admirados e pra mim como se estivessem indignados de que ele estava comigo. Enfim, quando chegamos, Sukuna fez um carinho rápido de novo na minha cabeça, mas logo se virou rapidamente ao ouvir uma certa voz, eu fiz o mesmo.
          -O quê? Você aqui?
Era o amigo dele, Gojo. Nem eu mesmo sabia que ele iria pra cá. Sukuna o encarava indignado e confuso, igual a mim. Gojo nos abraçou pelo pescoço e em seguida só o Sukuna.
          -Ah, que legal! Eu achei que iria demorar mais um século pra te ver! - Disse Gojo abraçando Sukuna de uma forma engraçada.
          -E você queria o quê? Você fala que vai dizer onde tá morando mas nunca fala!
          -Tá com tanta saudade assim pra ficar com raiva de mim, Sukuna?
Sukuna corou na mesma hora e virou o rosto de Gojo pro lado oposto onde ele estava. Eu ri, logo, ainda com Gojo ao seu lado, me olhou ainda meio vermelho.
          -Bom, tenha um bom baile, baixinho...
          -Certo!
Sukuna olhou Gojo de novo e tocou o dedo na ponta do nariz dele.
          -Fica de olho nele, viu?
          -Tá bom, sr. ciúmes...
          -Depois a gente conversa sobre isso, seu crianção!
Sukuna o bateu de leve na nuca. Gojo e eu fomos até um certo ponto juntos, depois, Gojo foi até a sala dos professores e me acenou feliz e animado. Ri acenando pra ele, o Gojo é bem legal e Sukuna o trata desse jeito, mas gosta também dele. Bom, fui até a porta que dava direto pro baile. Entrei e recebi alguns olhares pela cor do kimono, me senti um pouco mau de novo por isso.