capítulo 07.

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Suas pálpebras se abriram lentamente para acostumar com a claridade que batia contra seu rosto e quando acostumou, ergueu seu tronco tentando focar sua visão ao redor do lugar que deitava.

Quadros aleatórios, ursinhos na prateleira e paredes pintadas em cores azuis, definitivamente não estava mais no apartamento de Vegas e sim no seu. Tirou a coberta xadrezada de cima da sua cintura, checando se não tinha sido atacado ou despido e estava tudo conforme o que deveria estar, sorriu satisfeito e respirou fundo completamente aliviado erguendo o rosto pra cima.

Vegas.

Tateou gentilmente a mão no colchão até encontrar o travesseiro com estampa azul pastel atrás de si e colocou sobre o colo, inclinou o corpo suficiente para mergulhar a face no objeto macio e abriu a boca bruscamente gritando alto. Descontando toda frustração ali. Seu consciente gritando junto a ele enquanto jogava imagens do que havia acontecido e seu cérebro fazendo-o lembrar da sensação dos dedos com uma quentura molhada sobre eles.

- Você está assustando Grey gritando como uma garotinha, Pete.

Parou de ter o ataque de pelanca em segundos após raciocinar bem e jogou o travesseiro na direção da voz infernal conhecida com força, tentando acertá-lo. O que aquele idiota estava fazendo em seu apartamento?

Levantou correndo para o lado da janela ao vê-lo encostado no batente da porta segurando o travesseiro, contendo uma expressão totalmente brincalhona. Droga, se tivesse ao menos uma luminária de porte pequeno por perto, poderia tentar jogar na cabeça daquele palerma para tirar o sorriso perturbador dele.

- Como você conseguiu entrar aqui? - Questionou o mais alto que sua garganta conseguiu reproduzir de som. - Cadê o Chezinho? O que fez com ele!?

- Ele disse que tinha mais coisas para fazer e me deixou ficar aqui. - Juntou os braços em sinal de X quando viu Vegas ameaçar de dar outro passo em sua direção, fazendo-o recuar e voltar a se escorar novamente na porta. - Pare de agir como uma garotinha surtada. Sabe que não é minha culpa ter gozado na sua mão e não é como se eu quisesse ter feito também.

Pete sentiu as bochechas e orelhas pinicarem, tudo indicava que deveria estar parecendo um pimentão vermelho naquele momento. Esperava que Vegas não percebesse, mesmo que fosse impossível.

- E você acha que é a minha? - Perguntou apontando para ele como se estivesse firmando suas palavras no gesto. - Eu nunca tocaria no pau de um cara, eu gosto de peitos.

-Homens também têm peitos.

Fez careta, não era esse tipo de peitos que se referia. Não do tipo que masculino.

- Peitos fartos e femininos, Vegas. - Ditou passando ambas as mãos sobre seu peitoral e as descansando uns centímetros abaixo de onde seus mamilos se encontravam. - Não desse tipo, reto e com uma barraca montada de brinde.

Foi a vez de Vegas fazer careta para sua fala e desviar sua atenção momentaneamente para suas mãos paradas, rapidamente as tirou e virou de lado impedindo-o de olhar aquela parte específica, tentando não parecer repentinamente tímido também.

Ter o outro lhe observando-o despudoradamente não deixava seu estômago se acalmar, parecia que tinha vários bisões pisoteando suas entranhas.

- Eu gosto de peitos retos e com brindes. Me satisfazem mais. - Pete apostava que satisfazia. - Não vejo graça em ficar enfiando a língua pra depois meter.

- É a mesma coisa com pênis, você os chupa e depois mete. - Disse simplista, esquecendo da vergonha de antes. Falar sobre o assunto com um homem gay era constrangedor mas queria provar seu argumento ser mais válido. - É a mesma coisa, mas mulheres sabem dar mais prazer.

moranguinho × vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora