capítulo 23.

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“Banana com açúcar.”

Vegas repentinamente parou na porta do quarto forçando-o a parar de andar também para que evitasse colidir nas costas alheias, ele se virou e como em um filme de terror, o olhar pareceu assombrado demais a ponto de fazê-lo encolher os ombros no lugar.

“A gente nem entrou no quarto e eu nem mesmo te toquei para dizer a palavra de segurança, Pete.” se envergonhou e abaixou a cabeça, mas manteve os olhos para cima, voltados para o homem como se fosse um cachorrinho caído da mudança. “Está com medo de mim?”

Negou veementemente. 

Quem teria medo daquele neandertal? Tudo bem que praticamente seria dobrado no meio durante uma luta corporal, Vegas Theerapanyakul era o dobro do seu tamanho e tinha a porcaria de uma mão imensa que facilmente separaria seu corpo da cabeça se quisesse, mas definitivamente não tinha medo.

“Não estou com medo de você, estou é com medo de mim.” segredou baixo, não fazendo questão de aumentar a voz. Parecia que todos os seres humanos o ouviriam caso ousasse demais. “Não sei como foder um homem.”

Vegas entortou a boca, como se tivesse escutado a coisa mais absurda que contaram pra ele. Ergueu o queixo perguntando silenciosamente o motivo daquela cara feia e uma risada logo se instalou entre os dois cômodos por estarem na porta que levava a sala e ao quarto.

“Pensou mesmo que eu deixaria me foder, cara?”

Deu de ombros. Não era óbvio que se fosse para trepar com o mesmo gênero, Pete seria o ativo da relação de uma noite experimental? Vegas tinha enlouquecido se achasse mesmo que ficaria de quatro e exposto sexualmente na cama.

“Não vou dar a minha bunda.” confessou sem peso nenhum. “O homossexual aqui é você.”

O anfitrião revirou os olhos o máximo que conseguiu, entrando definitivamente dentro do quarto e sentando-se confortavelmente na própria cama. Não demorou muito para que seguisse os mesmos passos dele e ficasse frente a frente, ignorando o olhar do Theerapanyakul fuçando cada centímetro de pele que tinha.

“Posso ser homossexual mas isso não quer dizer que gostaria de dar meu cu só por conta desse fato.” e o que ele tinha haver com aquilo? Não iria ceder também. “Bem, então você pode sair por aquela porta como um amigo sem experimentar nadinha do que posso oferecer como homem e talvez, por sorte, consiga topar com um Tom vindo me satisfazer no seu lugar. Poderia aproveitar para pedir desculpas a ele, o que acha?”

“Eu acho que você é um grande babaca aproveitador.” ralhou irritado, jogando o cabelo para trás da orelha e se inclinando totalmente em direção ao Kornwit. Suas pernas encostaram nas dele no processo. “Já disse que não quero que Tom chegue perto. Não me escutou?”

A voz parecia adagas, perfurando sua garganta enquanto saíam por elas. Vegas jogou uma lufada de ar quente que atingiu seu rosto por estar tão próximo, o cheiro de morango foi tragado por Pete.

“O que vai fazer se ele chegar perto de mim, cielo?”

Paralisou.

O que iria fazer caso Tom chegasse perto de Vegas? Não havia nada que poderia fazer, tipo, ele não tinha direito de afastar ambos só por conta de uma idiotice de marcação criada. Analisou a feição à frente, percebendo o quão provocativo o outro queria soar utilizando aquele sorriso ladino nos lábios ao terminar de falar. Seu estômago sambou na barriga e diferente do que havia acontecido para ganhar um olho roxo da garota que saiu, não era de ânsia para vomitar, talvez ansiedade por estar mais do que afetado pelo bastardo 

moranguinho × vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora