capítulo 08.

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Foi um pesadelo tomar banho após a saída de Vegas.

Se recusou a maior parte do tempo no chuveiro a manter suas mãos próximas às áreas erógenas do corpo, principalmente em seu íntimo. Claro que confiava na sexualidade que o definia desde quando completou sua adolescência, a heterossexualidade era algo que o seguia sempre.

A ereção de ontem? Estímulo. Porra, sempre foi sensível a quaisquer tipo de toque, então se tornava mais do que claro que ficaria excitado se houvesse alguma fricção. Não era sua culpa e muito menos desejo. Só de pensar...

Balançou a cabeça negativamente, tentando afastar todo tipo de ideia que pudesse surgir se continuasse aquele raciocínio. No final de tudo, Grey é um gato tão fofo, educado e pomposo, enquanto o Theerapanyakul é um pilantra gay descarado que se joga pra cima de qualquer um. Inclusive dele.

— Sabe, eu não sei por onde sua cabeça anda desde manhã, mas a minha sabe por onde anda. — Arqueou a sobrancelha tentando identificar o que Porsche queria dizer com aquilo. — Caralho Pee, aquela ruiva de engenharia que você queria um tempão sentou naquela mesa ali e está te secando a minutos. 

Os olhos deslizaram como água rapidamente ao ouvir a palavra “ruiva” e “secando”, parando exatamente na garota que procurava. Ping era exatamente a definição de anjo em forma de mulher, ruiva, olhos azuis pela lente de contato e todas as partes do corpo fartas. O pomo de adão subiu e desceu com força. Vegas nem poderia se comparar a Ping, ele nunca satisfaria a visão de Pete mesmo pelado.

Tudo bem, não era hora para pensar naquele idiota. 

— Sinto tanta tensão sexual no ar que isso chega a me dar intoxicação.

O Phongsakorn murmurou algo desconexo enquanto se prestou a ajeitar a gola da camiseta que vestia e checou o horário no próprio relógio de pulso, exatamente dez minutos livre antes da próxima aula. Sorriu ladino para o Patchaya, vendo-o revirar as íris.

— Não se preocupe, vou me mandar daqui com essa tensão. — Levantou da mesa ao que guardava o celular no bolso. — Se eu chegar atrasado, saiba que ela fodeu com meu sistema.

Foi a única e última coisa que disse antes de dar as costas ao amigo e passar ao lado da mesa de Ping, sem esquecer de dar uma inclinada de pescoço em direção a pequena salinha já conhecida por ser o local dos alunos. Se dirigiu até lá sem olhar para trás, sabia que estava sendo seguido já que o barulho de sapatos batia contra o piso sem ser os dele, abriu a porta e entrou.

— Finalmente entendeu meu recado.

Comentou assim que viu a garota entrando e trancando a fechadura, ela tomou cuidado para não esbarrar nos produtos de limpeza e prendeu os cabelos com um elástico no braço. Fazia um bom tempo que a observava nos corredores da faculdade e sempre tentava mandar códigos de olhares sugestivos, mas parecia que a mesma não entendia muito bem de sugestões.

— Desculpe, acho que fiquei distraída demais com as provas da minha área que não notei direito, Phi'Pete.

— Não precisa se desculpar, lindinha. — Checou o relógio, o tempo parecia ficar cada vez mais curto com esse falatório todo. — Podemos ir ao que interessa? Eu não trouxe camisinha hoje.

Ping fez um beicinho e olhou para baixo, exatamente onde seu pênis permanecia adormecido como se não tivesse noção de que acordaria com a vista de uma bela ruiva. Ela se aproximou e puxou o zíper da calça para baixo, desabotoando e descendo um pouquinho a peça para seus joelhos.

— O que acha de receber um boquete então?








Não demorou muito pra entrar na sala de maneira estranha e chamando a atenção dos outros presentes, inclusive de Porsche que sorriu orgulhoso. Todos sabiam o que ele tinha feito apenas pelo fato de ser Saengtham.

moranguinho × vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora