capítulo 14.

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Sorriu ao ver que tinha feito um excelente trabalho observando o Theerapanyakul estirado no estofado, tentando recuperar o fôlego descontrolado. Limpou a boca, não dando tanta importância como na primeira vez ao sentir o gostinho azedo ao engolir a saliva novamente.

“Prometo que essa foi a última.” 

Pegou força nos calcanhares para se levantar e jogar-se ao lado do outro. Talvez, só talvez tivesse feito aquilo mais duas vezes desde que havia chegado no apartamento com ele e deixado um Vegas reclamando de estar praticamente secando com as sucções fortes que costumava dar de segundo em segundo. Estava aprendendo devagarzinho, era normal errar alguma coisinha pequena.

Não que fosse realmente aprender para fazer mais, fora de cogitação querer aprender a como chupar um pau.

“Não precisa prometer. Eu não vou deixar você me mamar de novo, cara.” Rolou os olhos procurando pelo controle da televisão. “Sinto que vou broxar na sua mão de tão seco que fiquei com você puxando minha alma pelo buraquinho do meu pau, prefiro não passar vergonha.”

Ele não tinha puxado a alma de Vegas, sabia que estava sendo zoado então empurrou a língua contra os dentes irritado. Era engraçado que mesmo o outro dizendo isso, o peito do mesmo ainda subia e descia tentando puxar fôlego, sem contar nos olhos meio semicerrados que piscavam lentamente e preguiçosamente. Sabia que tinha dado um bom orgasmo independente de estar sendo alvo de piadinhas, era exatamente assim que permanecia por um tempinho curto quando ficava com mulheres.

“Pra um gay, Tom deve ficar decepcionado.” Cantarolou ignorando o empurrão que levou. “Fraco demais.”

“Tom se sente muito satisfeito e nunca reclamou, não fico tão cansado assim. Só é difícil ficar excitado de novo tão rápido assim que termino de gozar na sua boca.”

Suas bochechas pinicarem fortemente é um dos sinais que indicava quê tinha começado a ganhar coloração avermelhada nelas. Vegas havia falado aquilo tão naturalmente como se estivessem tendo um papo normal e monótono, como se tivesse dois gays conversando naturalmente após uma ajudinha de um para findar o tesão do outro. Aliás, ele tinha mesmo que dar satisfação do quão incrível era com Tom entre quatro paredes e que nunca recebeu uma reclamaçãozinha? 

Virou de lado, se mexendo irritado e decidindo por fim permanecer numa posição meio encolhida no estofado e ao contrário do brutamontes jogado.

“Aposto que consegue ficar excitado rapidinho vendo o lindinho.” Comentou escondendo a raiva e controlando ainda mais quando o Theerapanyakul concordou em som gutural. Aquilo só podia ser piada, só podia ser sacanagem com a sua cara. “Engraçado. Deve ser agoniante ser chupado por um hétero.”

“É horrível.” Sua raiva virou água, escorrendo pelo pequeno ralo de seu cérebro e esvaziando-se. Murchou completamente no sofá ao tê-lo concordando com seu raciocínio. Pete engoliu em seco e fungou. “Está ficando com gripe, Saengtham?”

Imitou a ação de antes e concordou em um murmúrio fraco, não queria que o outro soubesse que permanecia a um fio de entrar em um colapso mental ao ter sido chamado de horrível indiretamente direto. Apertou as pálpebras e se levantou do lugar, chamando atenção quando começou a andar para o lado da cozinha. Vegas entortou o pescoço, lhe observando.

“Onde vai de repente?” 

Parou de andar, mas não virou para devolver o olhar. Os cantinhos dos olhos criaram lagunas pequenas e brilhosas, daria muito pra perceber caso virasse. O outro notaria bem.

“Pra cozinha, não está vendo não ou também é desdenhoso pra notar onde é a cozinha de um hétero? Horrível talvez.” Silêncio. “Estou com fome.”

moranguinho × vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora