11- Lutem por suas vidas.

302 30 287
                                    

YOOOO! Ei, tudo beleza? Eu espero que sim. Minha vida melhorou em 200% e meu humor também, então bora q bora

Ao contrário do meu humor, esse capítulo é só depressão e tem algumas menções a suicídio, então se for sensível não leia.

Ah, e comentem, por favor! 6 n tem ideia do quão feliz eu fico lendo os comentários.

----------------------------------------------------------------------------------------------------

Marcy recuperou a consciência. Ela se encolheu devido ao som vindo do despertador na mesa de cabeceira ao lado de sua cama.

Ela abriu os olhos e viu que sua mãe não estava mais na cama.

"Ah, legal, ela me deixou aqui. De novo. Quero dizer, não é como se ela tivesse ficado antes..."

Irritada com o som que ainda vinha do despertador, ela estendeu o braço e jogou o despertador na parede, parando o som.

"Porque eu mantenho esse treco?" A garota pegou o celular da gaveta, olhando o dia e horário. Segunda, 6h 43.

"Oh, ótimo, mais um dia de inferno."

Marcy sentouna cama e imediatamente caiu quando sentiu uma dor imensa vindo da região do peito.

A dor era tão irônica, a lembrava do passado. E o passado sempre volta pra assombrar.

Ela fechou os olhos com força, tentando se distrair da imensa dor. Ela é Marcy Wu, pelo amor de Deus, ela é perfeita, incrível, não comete erros. Nunca.

Ou é o que seu pai diz.

Ela não deveria estar chorando por causa de uma cicatriz que existe porque ela quis. Ela quis ir pra amphibia, então porque estava chorando com as consequências?

Ela não deveria estar chorando por causa dessa dorzinha de nada.

Alguns minutos se passaram tentando não deixar as lágrimas ardentes caírem em seus olhos e ela finalmente desistiu. Marcy soltou um soluço, um soluço forte.

Ela não se importava com o quanto seus pulmões queimavam a cada soluço que ela soltava, não se importava se a cicatriz em seu peito doía ainda mais, não se importava com o quanto sua própria mente a torturava com flashs do passado justo agora, ela não se importava se os vizinhos que passassem por sua casa e ouvissem seus soluços ficassem preocupados, ela só queria que parasse.

A Wu odiava a vida, odiava seus pais e as brigas por motivos idiotas, odiava tudo o que amava desde o incidente com seus amigos.

Era como se ela tivesse caído em um poço sem fundo e quanto mais ela tenta sair, mais fundo ela cai.

Os pais dela estão fodidos por pensarem que é uma fase.

Dizem que vai passar, mas acho que eles não entendem porra nenhuma sobre isso.

Sobre esse vazio.

Ele se aproxima furtivamente de você na escuridão e bate na sua porta se convidando pra entrar, justamente quando você pensa que já tinha superado.

Foi assim com Anne e Sasha. Pensaram que tinha acabado, que estavam seguras...
Agora elas estão a beira da morte.

O vazio é um buraco sem fundo, e você está em queda livre, e a queda e tão agonizante que você só quer que acabe. Você prefere atingir o chão do que continuar.

O mundo ao seu redor passa, em borrões de cores e sons. Nada ao seu redor faz sentido, enquanto você continua sua queda, não conseguindo se lembrar como tudo começou e não sabendo quando vai terminar. Mas você faria qualquer coisa pra parar. Qualquer coisa. E isso tira o sentido da sua vida. Então, quando você finalmente atinge o chão, mas não passa.

Forever LettersOnde histórias criam vida. Descubra agora