Escutem: Chove, chuva do Jorge Ben
Quando nosso beijo se rompeu, eu vi os olhos castanhos da pequena Borges me olharem.
–D-Desculpe, Senho....
–Shh, Carolyna..você está aqui e eu também, vamos apenas aproveitar..
–Priscila...- Vi em seu olhar hesitação e insegurança, sei que Carolyna estava em uma fase de descobrimento, talvez não fosse nada, talvez fosse. –Eu não quero acabar tendo algo sério, com quem acha que sou de momento..
–Deixa acontecer, okay?!
Ela concordou e após algum tempo estacionei em frente sua casa. Bem, depois de muita insistência entrei com ela. Em poucos minutos a chuva se fez presente, estávamos na sala, a chuva estava ainda mais forte e eu percebia que Carol estava aterrorizada, Precisei dizer a Ananda que demoraria eu estava no corredor falando ao telefone e ela estava ali sentada no chão, encolhida e tremendo.
–Carol, o que você acha de...- Me agachei e abracei seu corpo acariciando seus cabelos.
░🌙. 𓏲 𝐂𝖺𝗋𝗈𝗅 , 𝗣𝗢𝗩 ♥︎ :
–E-Eu estou com medo, prica!- Murmurei sentindo minhas bochechas esquentarem, enquanto eu apertava meus próprios braços e sentia meu corpo tremer a cada estrondo vindo do barulho dos raios
–Você não precisa ter medo, estou aqui. Vamos fazer o seguinte? Tome um banho quentinho e eu faço algo para você comer e...- Eu interrompi Priscila e ela suspirou, ela parecia pensar em algo
–Prica, mas, e se alguma coisa acon..- A ruiva beijou minha testa e ainda segurando meu rosto, ela sussurrou
–Eu fico no seu quarto, te espero na porta... o que acha, pequena?- Priscila me questionou e eu sorri
–Ótimo! Ah... Prica, posso te pedir algo?- Eu estava com vergonha e não queria que ela achasse algo errado.
–O que você quer? - Priscila se sentou no tapete a minha frente, enquanto me olhava atentamente
–Dorme comigo, Prica. Por favor! - Pedi sentindo meus olhos marejarem novamente, mas, Priscila foi rápida e beijou o topo de minha cabeça.
–Claro, mas, sua mãe não vai estranhar? Eu não quero problemas, com ela! - Pri falou apreensiva e eu neguei, assim me levantei e puxei Priscila, a levando para conhecer meu quarto.
–Bem-vinda, ao meu quarto!- Falei assim que a ruiva adentrou o espaço, enquanto eu apenas a acomodei e fui buscar dois pijamas. – Prica, pode se trocar e ficar a vontade! Vou tomar banho..
–Certo, vou te esperar! - Ela sorriu e eu corri para o banho, não queria demorar muito.
Bom, acabei demorando. Lavei meu cabelo e fiz meu skin care noturno, quando saí do banheiro já trocada; ouvi a ruiva cantarolar uma música bem conhecida por mim.
[𝗡𝗔𝗥𝗥𝗔𝗧𝗜𝗩𝗔 𝗢𝗡]
Já se passava da uma da manhã, quando a pequena Borges saía do banheiro e sentada em sua cama, a ruiva cantarolava baixo.
–Chove chuva, chove sem parar...Pois eu vou fazer uma prece. Pra' Deus, o nosso senhor, pra chuva parar de molhar.. O meu divino amor- a voz rouca da Caliari, ecoava pelo quarto livremente. A chuva, já não era tão forte e isso deixava sua voz mais audível. Até que ela foi surpreendida por uma voz doce.
–Que é muito lindo, é mais que o infinito.
É puro e belo, inocente como a flor... Por favor chuva ruim, não molhe mais o meu amor assim! - A Borges tomou a atenção da ruiva, que sorria para ela. Porém, quando percebeu os cabelos úmidos de Carolyna, resmungou irritada