Maratona 4/8
𝗡𝗔𝗥𝗥𝗔𝗧𝗜𝗩𝗔 𝗢𝗡:
SÁBADO, 11:00 PM.
—Você vai ficar sem falar comigo, novamente?- A Borges questionou já sentindo o nó se formar em sua garganta e recebeu de Priscila apenas um "não". Carolyna engoliu a seco e saiu do carro de modo rápido, a morena correu para o seu quarto e trancou a porta. - Priscila!
—Carolyna, você jogou a Luiza na piscina!- Priscila falou irritada e segurou o braço da menina.— Anna Carolyna!
—Me solta, Priscila!!- A garota murmurou, puxando o próprio braço que se quer foi solto. —Você está me machucando, não acredito que está defendendo ela! Ela me provocou o fim de semana todo!
—Não provocou, nada!- A ruiva falou num tom ríspido e desacreditado. O que fez Carolyna, rir sem humor. —Está rindo de que?
—Da tua palhaçadinha, quer saber? Vai lá e defende aquela vagabunda!
— Não a chame assim, ela não te ofendeu!!
Ainda bastante desacreditada, a Borges se afastou e saiu do quarto com os pensamentos do fim de semana, aflorados em sua mente.
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FLASHBACK ON
SÁBADO, 04:00 PM.
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Ainda era uma tarde quente e estavam todos na piscina, menos os professores que estavam dispersos conversando entre eles. Eu e as meninas estávamos bebendo e dançando, já que a música estava mais interessante que a piscina.
—Lyna esse rosa, ficou lindo em você!- Disse Maria Luísa e eu sorri
—Obrigada Malu, aliás, esse azul escuro te realçou...- Eu fui perdendo a vontade de falar, quando vi aquela vadia assanhada, dançando para Priscila. —Não acredito!
—Carol calma, gente segura ela!
Ignorei os pedidos e gritos, apenas avancei em Luiza e agarrei seus cabelos, não para puxa-los mais sim para segurá-la e como a raiva não me deixou pensar, a empurrei na piscina.
—Você é louca, Borges?!- Aquela piranha, falou assim que voltou a superfície e como Priscila me segurava, eu não conseguia me soltar. O que foi o momento ideal e propício para Luiza vir até mim, acertando meu rosto em cheio.
Depois daquilo...as coisas ficaram tensas demais, entre mim e Priscila.
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FLASHBACK OFF
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Agora eu estava na área, conversei um pouco com as meninas e sem demorar, o carro de danda apareceu em minha visão. Eu suspirei e subi, todos menos Priscila estavam cientes que eu iria embora e agora chegou sua vez. Mas, quando eu me aproximei da porta, ouvi Priscila conversando ao telefone. Ela estava alterada e bastante irritada, tanto que quando me viu com as malas, desligou o celular e partiu em minha direção furiosa.
—Onde pensa que vai?!- Ela segurou meu braço e eu gemi pela dor do aperto. —Responde.
—Embora...vou embora, Danda já está me esperando!!- Murmurei assustada, Priscila parecia desesperada com algo. —Priscila...me solta!
—Você NÃO vai, a lugar algum!!- Ela disse num tom totalmente desconhecido por mim e com o susto, comecei a chorar.
—Me solta!!- Praticamente gritei e em poucos segundos Malu, Dani, Biazin e Ananda estavam ali. Caroline tirou Priscila de perto de mim e me orientou a sair, então, fui ao encontro de danda com minhas malas.
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Nosso caminho foi extremamente silencioso, eu não sabia como reagir a aquela situação. Ao chegarmos, subi direto para meu quarto e deixei minhas malas no closet antes de adentrar o banheiro. Me desfiz daquelas peças e acabei entrando no box, não sei dizer o quanto chorei ou quanto tempo fiquei debaixo da água quente. Só sei que quando " melhor " lavei meus cabelos e tomei um bom banho. Quando voltei para meu quarto, desfiz as malas e retirei a máscara facial que havia deixado em meu rosto. Eu estava cansada e com fome, mas, simplesmente não tinha forças.
—Filha? Licença!- Disse Danda me tirando de meus pensamentos e sorri minimamente ao ver a bandeja que ela carregava. —Vem aqui filha, vem comer e ficar no colo da sua Dandinha.
E foi o que eu fiz, comi e recebi o melhor cuidado da minha vida, sem dizer nada. As vezes, não é preciso dizer muito, para Danda e eu amo isso.. mas, estar cheia de mágoas da mulher que amo, mexe comigo.
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-capítulo entregue, mi amores!💗
