Quem não sonharia em receber flores e mensagens carinhosas todos os dias? Para Lis Benitez foi uma experiência preocupante, a princípio. Ser surpreendida por flores de um admirador secreto lhe trouxe um grande temor, alguém tinha a chave de seu armá...
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Acordei com uma dor de cabeça horrível, me sentei na cama tentando assimilar o que estava acontecendo e logo o dia anterior veio em minha cabeça me dando um calafrio.
Escutei um barulho na cozinha e me levantei caminhando até ela devagar, ainda sentia meu corpo completamente pesado. Ao adentrar na cozinha, me deparei com Fede e Stela preparando o café da manhã em uma conversa supostamente tranquila, já que eles se provocavam a cada segundo.
- Lis! - Fede foi o primeiro a me ver e correu para me abraçar - O Agus me mandou mensagem avisando que tinha te deixado em casa, também me disse que você tinha tido uma crise e que por isso saiu mais cedo. O que aconteceu?
- Fede, deixa ela comer primeiro - Stela nos afastou - Ela parece ainda estar raciocinando tudo.
Me sentei e encarei a xícara na minha frente sem vontade de falar nada, eu simplesmente não queria existir nesse momento.
- Ah Lis, outra crise de ansiedade? - Não me esperou responder e colocou café na minha xícara - Comprei medialunas pra você.
O encarei e tentei dar um sorriso que foi retribuído por ele, eu podia ver a preocupação estampada em seu rosto, me sinto culpada por isso e por simplesmente não conseguir falar e amenizar sua preocupação.
- Bom... ela em algum momento deve ter se sentido desconfortável na festa - Stela se sentou ao meu lado e eu a encarei - O que é normal, ela não está acostumada.
- Eu acho que não foi só isso.
A campainha tocou e ele se levantou indo até a porta.
- Agustín! - Rapidamente me virei na direção, vendo Agustín entrar e o cumprimentar de um jeito muito ansioso.
- A Lis já acordou? - Fede sorriu e me encarou, me pegando no flagra.
- Está ali te espiando - Apontou e senti minhas bochechas esquentarem, Agustín sorriu e caminhou em minha direção apressado.
- B-bom dia - Respondi com dificuldade e ele sorriu.
- Ah, com ele você fala, não é? - Fede brincou e Stela soltou uma risada - Senta Agustín, estávamos prestes a tomar café.
Agustín se sentou ao lado dele e de frente pra mim, peguei uma medialuna e comecei a comer devagar, meu corpo não aguentava nem o peso da xícara e aquilo já estava me incomodando.
- É sempre assim quando ela tem uma crise?
- É, ela vai melhorar - O encarei - Alguma hora ela melhora.
- Não tem nada que possamos fazer pra ajudar? - Perguntou surpreso.
A campainha tocou nos assustando, Fede mais uma vez levantou e foi até lá, já que eu não tenho forças para fazer tal coisa no momento.
