Capítulo 18 - Astromélia Vermelha

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Eu estaria mentindo se dissesse que estou tranquila,  estou ansiosa para encontrar com o Agustín, eu quero tanto vê-lo e ao mesmo tempo tenho medo que isso aconteça

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Eu estaria mentindo se dissesse que estou tranquila, estou ansiosa para encontrar com o Agustín, eu quero tanto vê-lo e ao mesmo tempo tenho medo que isso aconteça.

O que será agora? O que vamos ser daqui pra frente? São tantas perguntas, tantas dúvidas e tantos medos.

Como já acostumada, fui diretamente ao meu armário e não me surpreendi ao encontrar ali uma flor.

"Só pra não perder o costume... A astromélia vermelha representa a paixão."

- Atrasada como sempre, linda como nunca - Me virei surpresa ao vê-lo ali, com os braços cruzados em frente ao corpo, o ombro direito apoiado em um dos armários, as pernas cruzadas uma na frente da outra e um sorriso tão convencido que só poderia pertencer a Agustín, junto de seu olhar esverdeado que pareciam me entender como nunca. - Oi, moreninha.

- Oi - Ele se aproximou sorrindo e tomou a flor da minha mão, acompanhei cada movimento seu e observei quando ele colocou a flor na minha orelha, acariciando alguns fios do meu cabelo com calma.

Agustín sorriu e beijou minha testa, fechei meus olhos e respirei fundo aproveitando aquela sensação nova.

- Como você está? - Sussurrou.

- Bem, eu estou bem - Garanti mais pra mim mesma do que pra ele - Você também está bem, né?

- Eu estou bem, Lis - Riu - Eu estou muito bem.

- Hm.

- Hm - Me imitou - Eu posso te fazer uma proposta nada decente?

Arregalei os olhos.

- Posso? - Observei que ele estava prendendo a risada.

- Pode.

- Podemos sair da faculdade e ir para outro lugar agora? Quero conversar com você - Mordi meus lábios - Como da outra vez, vamos pro mesmo lugar.

- Mas a aula, a maquete e...

- O Fede se vira e te passa tudo, vamos?

- Só hoje, né?

- Sim, somente hoje - Confirmou.

- Não vai me prejudicar?

- Não, não vai - Assenti - Isso é um sim?

- É, um sim - Ele sorriu e segurou minha mão e me puxou delicadamente pelo campus, até chegarmos em seu carro.

Agustín abriu a porta do passageiro para mim e sorriu ao eu entrar, o observei passar correndo pela frente do carro e entrar pelo lado do motorista. O mesmo me encarou e sorriu.

- Vamos?

- Vamos.

Agustín dirigiu até o lugar que ele me levou aquela outra vez, uma música tocava baixinho no rádio e ao contrário das outras vezes, eu fiquei prestando atenção na paisagem. Enquanto ele cantava, parecia completamente confortável com toda a situação.

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