Capítulo 19 - Cravo Branco

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Sabe quando você era criança, acabava dormindo no sofá e milagrosamente acordava na cama, completamente confuso, sem entender como tinha parado ali?

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Sabe quando você era criança, acabava dormindo no sofá e milagrosamente acordava na cama, completamente confuso, sem entender como tinha parado ali?

Pois então, estou com essa mesma sensação agora. Me lembro de passar o dia inteiro com Agustín, viemos para minha casa e terminamos de assistir as quatro temporadas de Stranger Things, em meio há tantos episódios, com certeza eu acabei adormecendo.

Acordei na minha cama com meu despertador tocando mais de dez vezes, alertando que como de costume, eu estou atrasada.

Me levantei tropeçando nos meus próprios pés e fui até o despertador que eu coloquei estrategicamente do outro lado do quarto, para eu ter que me levantar e não ficar enrolando na cama.

Eu sou uma gênia, não é? Mesmo assim não dá certo, pois como podem ver... eu estou atrasada.

Encarei meu reflexo no espelho e suspirei, meu cabelo estava completamente bagunçado, meu rosto amassado e as olheiras como sempre presentes. Optei por tomar um banho e dar um jeito nesse cabelo, finalizei como sempre e observei as ondinhas que tanto adoro pelo espelho. Sorri satisfeita com a minha imagem e caminhei até a cozinha, trombando com uma geladeira ambulante, o que me fez dar um gritinho de susto.

- Bom dia, moreninha. - Ele beijou minha testa - Fiz café, está fresquinho.

- Como entrou aqui? - Perguntei confusa e ele me encarou com as sobrancelhas arqueadas.

- Eu não fui embora, Lis. - Riu - Eu dormi aqui.

- Ah.

- Você adormeceu, eu te levei pra sua cama e voltei pro sofá. - Explicou, antes que eu perguntasse mais alguma coisa - E você não está atrasada.

Minha atenção foi parar na mesa que ele tinha preparado, o aroma suave do café recém feito flutuava pelo ar e fez meu estômago roncar. Escutei Agustín soltar uma risadinha e o encarei envergonhada.

- Nós temos que passar no meu apartamento ainda, preciso tomar um banho e me arrumar - me sentei e observei ele colocar o café na minha xícara de estimação. - Enquanto dormia, saí e comprei suas medialunas.

- Obrigada! - Ele sorriu - Bom dia, Agustín.

- Bom dia, Princesa. - Respondeu com um sorriso bobo - Eu quero vivenciar essa cena todos os dias, como podemos prosseguir?

Comecei a rir e ele me acompanhou enquanto colocava café em sua xícara, tomamos o café tranquilamente, enquanto ele me contava cada detalhe de sua viagem para Bariloche e como ele se segurou para não desistir dela e ficar aqui em Buenos Aires comigo. Agustín ressaltou três vezes que só não o fez, porque não queria problemas com o pai.

- Fica à vontade, eu vou só tomar um banho rápido. - Deu espaço para que eu entrasse em seu apartamento. - Se quiser alguma coisa, pode pegar na cozinha. A casa é sua, princesa.

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