Três meses haviam se passado, estávamos em novembro de 2012. Terminei a aula do dia e fui para o ponto de ônibus. Gabi teria aula até mais tarde. Eu estava distraído, pensando em várias coisas ao mesmo tempo. Um carro para é baixa o vidro do carona.
"Quer uma carona?" - Era o Bruno, sempre com um sorriso lindo para mim.
Eu: Aceito sim, obrigado! - Entrei em seu carro.
Bruno: Está indo para casa?
Eu: Estou sim e você? Não quero mudar sua rota! Só aceito a carona se você estiver indo para sua casa por ser caminho da minha.
Bruno: Estou indo para casa também, mas não me importaria em desviar meu caminho para te deixar em casa. Faria isto com muito prazer.
Eu: Obrigado! - Fiquei sem graça.
Bruno: Mas a ideia do desvio é legal! Que tal a gente tomar um açaí, um sorvete, um suco, alguma coisa?
Eu: É uma boa ideia!
Bruno: Vamos em um açaí que tem na Barra.
E para lá ele me levou. Fiz meu pedido, ele fez o pedido dele. Como eu tinha saído mais cedo, estava com um tempo livre.
Bruno: Me diz como você está?
Eu: Eu estou bem. Cada dia melhorando e deixando a vida seguir o fluxo.
Bruno: Isto é bom. Eu estava dando um tempo para você digerir tudo isso, mas aí o destino colocou você na minha frente hoje quando te vi no ponto de ônibus, aí me perguntei "porque não?" - Eu dei uma risada sem graça.
Eu: Você não desiste mesmo, não é!?
Bruno: Não! Eu nunca me vi tão paciente por uma pessoa, do que com você. Eu sou muito apaixonado por você, Phelipe. Mas te respeito antes de qualquer coisa.
Eu: Eu fico sem graça.
Bruno: Não fique. Eu falo isto com muita honestidade.
Eu: Eu não sei dizer se estou preparado para engatar um relacionamento. Me permitir a estar com outro cara. Me dediquei muito neste último ano para uma pessoa que não tinha respeito por mim.
Bruno: Você ainda gosta dele? - Ele olhava firme em meus olhos.
Eu: Se eu disser que não, estaria mentindo. Mas também vou ser sincero que o sentimento não é mais o mesmo. Vou ser sincero que não voltaria mais uma vez para ele, pois esta chance eu dei várias vezes. - Nossos açaís chegaram.
Bruno: E se eu te pedir essa chance para mim?
Eu: Bruno, eu não quero te magoar, também não quero me machucar mais.
Bruno: Não estou pedindo para nós dois começarmos um relacionamento, mas te peço uma chance para você me conhecer, para sairmos juntos, para você ver o quanto posso te fazer bem e feliz. - Eu parei e fiquei olhando nos seus olhos por alguns segundos. - Eu não quero te machucar.
Eu: Tudo bem. - Eu fiquei pensando no que Gabi e Isa haviam me falado hoje no almoço, então decidi aceitar.
Bruno: Aaahh - Ele deu um pequeno grito. - Ganhei meu dia, ganhei meu dia! Não imagina o quanto isto me deixa feliz. - Pegou minha mão e deu um beijo nela.
Eu: Tenha muita calma e paciência comigo, por favor! Entenda o meu momento.
Bruno: Eu espero por isso há mais de um ano. Acha mesmo que não vou ter paciência? Quanta você quiser!
Ficamos conversando por mais um tempo e ele me levou para casa. De lá segui minha rotina, me arrumei e fui malhar, chegando em casa um banho e estudos. Finalizo a noite com uma mensagem do Bruno:
"Hoje eu vou dormir feliz, como há muito tempo não durmo. Vou sonhar com você! Tenha uma linda noite!"
Retribuí a mensagem e fui me arrumar para dormir.
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Vou pedir que não esqueçam de deixar o voto e comentário em cada capítulo.
Espero muito que gostem e acompanhem.Grande abraço.
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Você acredita em vida depois do amor?
KurzgeschichtenEsta história é a continuação do conto "O Veterano dos Sonhos". Para quem não conhece, sugiro que primeiro o leia para depois iniciar esta nova história. Será que Phelipe vai superar todos os desafios vividos no seu antigo relacionamento?