Capítulo 25

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      Eu estava resolvendo com minha orientadora o local onde eu faria meu estágio supervisionado. Ela chegou a cogitar um estágio na Petrobras, porém eu não queria ir para longe, muito menos ficar embarcado durante dois ou três meses. Eu teria que conversar com meus pais e meu namorado sobre as possibilidades.

Bruno: Sua orientadora te deu mais opções além da Petrobras?

Eu: Sim, a USP. Tem um projeto de pesquisa semelhante ao nosso e ela acha que eu deveria ter essa experiência de outra instituição.

Bruno: Aí, amor! E por que você não pega esse? Ela conhece alguém lá?

Eu: Sim, o orientador desse projeto é amigo dela.

Bruno: Então aceite, amor! Está com sorte que ela está te ajudando, além de ser a melhor instituição do país.

Eu: Eu não quero ficar longe de você, mesmo que seja por apenas alguns meses.

Bruno: Nem se preocupe com isso.

Eu: Como não?

Bruno: Confia em mim! Só converse com seus pais e aceite essa ideia da sua orientadora.

Eu: Certo, vou conversar com eles. - Dei uma pausa. - Quero te contar uma coisa que aconteceu hoje. - Contei o que aconteceu comigo e Thiago.

Bruno: Esse cara é doido? Na boa, a pessoa tem que ser muito maluca para pedir isto, em achar que ele é tão bonzão assim acreditando que você ainda sente algo por ele. Ele acha que o nosso relacionamento é algo superficial assim? Eu espero muito que ele respeite o que você falou, o que você pediu.

      A noite liguei para meus pais e conversei sobre o estágio, ambos também acharam que eu deveria ir para a USP e que, apesar de não querer ir para longe, seria o melhor para o meu currículo. Mesmo a contragosto eu concordei com eles e no dia seguinte falei com a minha orientadora, que entrou em contato com o professor seu amigo e resolveram tudo. Coloquei na cabeça que seria um período rápido e que eu poderia passar um tempo bom meu boy em alguns finais de semana, assim como ele fez.

Professora: Tudo resolvido. Depois você passa no colegiado para pegar os papéis e preencher tudo, escaneia e envia para o meu e-mail e o dele. - Ela me passou todos os dados.

Eu: Tá certo. Farei isto logo após o almoço.

Professora: Tem noção de que você já acabou o curso?

Eu: A ficha ainda tá caindo. Passou muito rápido.

Professora: Passou sim. Eu quero que você se inscreva para o mestrado no final desse ano, quando abrir o edital. - Olhei para ela. - Ou tem outros planos? Vai voltar para a sua cidade?

Eu: Na verdade eu não decidi nada, mas havia pensando no mestrado sim.

Professora: Pois se inscreva. Tem duas vagas no meu projeto e quero ver você em uma delas.

Eu: Pode deixar. Muito obrigado por todo esse apoio, professora.

Professora: Você fez muito por merecer. Quero te ver crescendo cada vez mais.

      Chegou a hora do almoço, desci com Isa para encontrar Gabi no RU, Bruno me liga.

Bruno: Oi, amor. Estou indo aí almoçar com você!

Eu: Aconteceu alguma coisa? - Depois que ele formou, ainda não tinha almoçado no RU.

Bruno: Nada. Mas quero almoçar com você.

Eu: Tudo bem então.

      Seguimos na fila, pegamos nosso almoço e fomos sentar para comer. Logo Bruno chegou, pegou seu almoço e veio sentar conosco.

Eu: O que aconteceu para você vim almoçar com a gente aqui no RU?

Bruno: Queria sua companhia, amor.

Eu: Tá certo então.

Bruno: Conversou com sua orientadora?

Eu: Sim.

Bruno: Certo. Eu vou com você - Ele soltou de uma vez.

Eu: Como assim?

Bruno: Eu vou com você! Tem um curso que vou fazer bem no seu período de estágio. - Dei um pulo e o abracei.

Eu: Mas amor... e o seu trabalho?

Bruno: Já resolvi, não se preocupe. - Ele me deu um beijo. - Está feliz? Está mais tranquilo?

Eu: Muito! Estou tão aliviado.

Bruno: Eu não gosto de te ver triste e nem preocupado, amor.

Eu: Eu te amo! Te amo muito!

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