Eu estava resolvendo com minha orientadora o local onde eu faria meu estágio supervisionado. Ela chegou a cogitar um estágio na Petrobras, porém eu não queria ir para longe, muito menos ficar embarcado durante dois ou três meses. Eu teria que conversar com meus pais e meu namorado sobre as possibilidades.
Bruno: Sua orientadora te deu mais opções além da Petrobras?
Eu: Sim, a USP. Tem um projeto de pesquisa semelhante ao nosso e ela acha que eu deveria ter essa experiência de outra instituição.
Bruno: Aí, amor! E por que você não pega esse? Ela conhece alguém lá?
Eu: Sim, o orientador desse projeto é amigo dela.
Bruno: Então aceite, amor! Está com sorte que ela está te ajudando, além de ser a melhor instituição do país.
Eu: Eu não quero ficar longe de você, mesmo que seja por apenas alguns meses.
Bruno: Nem se preocupe com isso.
Eu: Como não?
Bruno: Confia em mim! Só converse com seus pais e aceite essa ideia da sua orientadora.
Eu: Certo, vou conversar com eles. - Dei uma pausa. - Quero te contar uma coisa que aconteceu hoje. - Contei o que aconteceu comigo e Thiago.
Bruno: Esse cara é doido? Na boa, a pessoa tem que ser muito maluca para pedir isto, em achar que ele é tão bonzão assim acreditando que você ainda sente algo por ele. Ele acha que o nosso relacionamento é algo superficial assim? Eu espero muito que ele respeite o que você falou, o que você pediu.
A noite liguei para meus pais e conversei sobre o estágio, ambos também acharam que eu deveria ir para a USP e que, apesar de não querer ir para longe, seria o melhor para o meu currículo. Mesmo a contragosto eu concordei com eles e no dia seguinte falei com a minha orientadora, que entrou em contato com o professor seu amigo e resolveram tudo. Coloquei na cabeça que seria um período rápido e que eu poderia passar um tempo bom meu boy em alguns finais de semana, assim como ele fez.
Professora: Tudo resolvido. Depois você passa no colegiado para pegar os papéis e preencher tudo, escaneia e envia para o meu e-mail e o dele. - Ela me passou todos os dados.
Eu: Tá certo. Farei isto logo após o almoço.
Professora: Tem noção de que você já acabou o curso?
Eu: A ficha ainda tá caindo. Passou muito rápido.
Professora: Passou sim. Eu quero que você se inscreva para o mestrado no final desse ano, quando abrir o edital. - Olhei para ela. - Ou tem outros planos? Vai voltar para a sua cidade?
Eu: Na verdade eu não decidi nada, mas havia pensando no mestrado sim.
Professora: Pois se inscreva. Tem duas vagas no meu projeto e quero ver você em uma delas.
Eu: Pode deixar. Muito obrigado por todo esse apoio, professora.
Professora: Você fez muito por merecer. Quero te ver crescendo cada vez mais.
Chegou a hora do almoço, desci com Isa para encontrar Gabi no RU, Bruno me liga.
Bruno: Oi, amor. Estou indo aí almoçar com você!
Eu: Aconteceu alguma coisa? - Depois que ele formou, ainda não tinha almoçado no RU.
Bruno: Nada. Mas quero almoçar com você.
Eu: Tudo bem então.
Seguimos na fila, pegamos nosso almoço e fomos sentar para comer. Logo Bruno chegou, pegou seu almoço e veio sentar conosco.
Eu: O que aconteceu para você vim almoçar com a gente aqui no RU?
Bruno: Queria sua companhia, amor.
Eu: Tá certo então.
Bruno: Conversou com sua orientadora?
Eu: Sim.
Bruno: Certo. Eu vou com você - Ele soltou de uma vez.
Eu: Como assim?
Bruno: Eu vou com você! Tem um curso que vou fazer bem no seu período de estágio. - Dei um pulo e o abracei.
Eu: Mas amor... e o seu trabalho?
Bruno: Já resolvi, não se preocupe. - Ele me deu um beijo. - Está feliz? Está mais tranquilo?
Eu: Muito! Estou tão aliviado.
Bruno: Eu não gosto de te ver triste e nem preocupado, amor.
Eu: Eu te amo! Te amo muito!
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Você acredita em vida depois do amor?
Короткий рассказEsta história é a continuação do conto "O Veterano dos Sonhos". Para quem não conhece, sugiro que primeiro o leia para depois iniciar esta nova história. Será que Phelipe vai superar todos os desafios vividos no seu antigo relacionamento?