Capítulo 17

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Em outubro foi aniversário de Bruno, 26 anos, fomos para Alagoinhas pois sua família iria fazer um churrasco para comemorar. Nesse dia eu conheci parentes que eu não conhecia, fui muito bem recebido pela maioria, mas tinham alguns parentes evangélicos que nos olharam estranho, mas eu caguei para isso. A família dele é bem receptiva, pois Bruno não era o único LGBTQIA+, tinha mais um primo dele, Augusto, que era gay, uma prima lésbica, Maria Clara, ambos com 29 e 25 anos. Todos estavam na área de lazer da casa, que era grande, eu desci para ficar com Maria na piscina, passei na cozinha para falar com Bruno, que estava conversando com sua mãe. Chegando na piscina, Maria estava conversando com Augusto, que tinha acabado de chegar na casa. Cumprimentei e deitei na espreguiçadeira, ele ficou me olhando.

Maria: Primo, este é Phelipe, namorado de Bruno. Phelipe, este é Augusto, nosso primo.

Augusto: Esse é o famoso namorado do nosso primo.

Maria: Ele mesmo, viado, mas sossega.

Eu: Tudo bom? Muito prazer! - Ele deu uma risada safada.

Augusto: Bem vindo à família. Tem alguns loucos, mas são todos gente boa.

Eu: São sim. Estou gostando de conhecer todos.

Ele entrou para falar com o restante da família, eu tirei meu short para tomar um sol e deixar uma marquinha, fiquei conversando com Maria enquanto isso. Depois Bruno chegou, perguntou se eu iria entrar na piscina, respondi que sim, mas logo ele saiu para falar com mais familiares que queriam lhe parabenizar. Augusto chegou, tirou sua roupa, ficando só de sunga, e sentou ao lado de Maria. Ele era muito bonito, acho que beleza era requisito daquela família, uma pele jambo e bronzeada, um corpo todo definido, porém menos musculoso que Bruno. Ele não se importava em estar olhando para mim, mas aquilo me incomodava. Levantei para entrar na água e Bruno apareceu. Dei um selinho nele e entrei.

Augusto: É, meu primo... você está bem abastecido. - Eu ouvi aquilo e fiquei super sem graça.

Maria: Viado, pelo amor de Deus. É sério isso?

Bruno: É, estou sim.

Augusto: Ele deve dar um trabalho.

Maria: Augusto, tenha modos!

Bruno: Tá tranquilo, prima! Quem aqui não conhece a inconveniência de Augusto? Hahaha. O Lipe não me dá trabalho nenhum. Confio muito nele.

Augusto: Estão juntos há quanto tempo mesmo?

Bruno: Vamos fazer 10 meses este mês.

Augusto: Ah, ainda é recente.

Maria: Augusto, para! Você tá parecendo um tubarão de olho na presa! - Eu saí da piscina e cheguei mais perto deles.

Eu: Mas o único tubarão que deixo me caçar é o meu namorado. - Dei um selinho em Bruno.

Augusto: Esse tubarão vai é te comer!

Eu: Não tenha dúvidas! Ele já come e apenas ele come! - Vi que Augusto ficou sem graça com minha resposta.

Maria: Poderia ter ficado sem essa. - Bruno deu risada.

O final de semana foi bem agradável com a família de Bruno comemorando seu aniversário. As vezes eu observava que Augusto me olhava, mas em nenhum momento eu dei corda.

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