Eu e Bruno não chegamos tão tarde do rolê. Ele me deixou em casa por volta da uma da manhã, me deu um beijo bem gostoso e disse que nos encontraríamos no dia seguinte (sim, para mim ainda era o mesmo dia, pois eu ainda não tinha dormido, hahaha). Acordei por volta das 9 da manhã, tomei meu café e fui malhar. Na volta, deu uma vontade de me jogar no mar e assim fiz. Deixei minha camiseta na areia e entrei de short. A água estava uma delícia com o calor que estava fazendo em Salvador. O resto do dia passei arrumando a casa, arrumei também meu guarda-roupa, pois eu não queria fazer nada no domingo.
Matheus chegou para ficar com o Gabi o final de semana, nos arrumamos e Bruno passou para nos pegar.Bruno: Nossa, como está lindo! Isso tudo é para mim? Está tão cheiroso! - Me deu um abraço e um selinho.
Eu nem estava tão arrumado assim. Vesti um short azul marinho, uma T-shirt branca e um tênis branco.
Bruno: Boa noite, meninos! - Gabi e Matheus responderam. - Para onde vamos?
Gabi: Não sei. Alguma balada? Algum barzinho?
Eu: Balada não, porque não viemos arrumados para isso.
Gabi: Confesso que pensei em ficarmos aqui no Rio Vermelho mesmo, tem muitos bares legais aqui.
Ficamos no Largo da Dinha mesmo, nem saímos do bairro. Sentei ao lado de Bruno e Gabi no lado oposto, ao lado de Matheus. A conversa estava muito boa, fluindo muito bem, até que alguém pega em meu ombro.
Bárbara: Parece que alguém foi trocado. O jogo virou, meu amigo! - Disse ela parecendo um pouco alterada, mas não estava bêbada.
Eu: Como é que é? - Eu me virei olhando para a sua cara.
Bárbara: Isso mesmo, seu gayzinho. Agora ele te trocou por outro.
Eu: Se toca, garota! Se enxerga! Eu quem terminei a droga daquele relacionamento. Ainda quer ele? Vai atrás! Todo seu.
Bárbara: Terminou porque ele te traiu antes! Hahaha. Ele amava tanto você, que te traiu comigo, te traiu com o atual namorado dele. - Minha raiva começou a crescer depois do que ela falou.
Bruno: Na boa, vai embora! Nos dê licença, por favor.
Bárbara: Você quem está comendo ele agora?
Depois disso, peguei o copo cheio de bebida e joguei o conteúdo na sua cara.
Eu: Vá embora! Saia da minha frente e vá embora. Suma da minha vida, garota!
Bárbara: Hahaha. Achei pouco o que ele fez com você. - Ela saiu rindo de mim.
Gabi: Segue seu rumo, piranha!
Estávamos incrédulos com a atitude dessa garota, o quão ridícula e baixa ela tinha sido. Era visível que ela tinha bebido um pouco, porém caguei pra isso. Todos estavam olhando para a nossa mesa, especificamente para mim.
Bruno: Você está bem?
Eu: Não, mas vou ficar. Preciso de alguma coisa mais forte.
Bruno: Vai com calma.
Chamei o garçom pedi duas doses de uísque com gelo a parte. Bruno ficou olhando para minha cara, Gabi disse para ele não se preocupar. Tomei o uísque rapidinho e Bruno continuando a olhar para mim.
Eu: Não se preocupe comigo, eu estou bem agora. Não estou bêbado, eu só precisava extravasar o estresse.
Depois disso, a noite foi transcorrendo bem. Bruno encostou sua cadeira mais próxima à minha e deixou seu braço sobre o meu ombro, em alguns momentos eu apoiava a minha cabeça em seu ombro, ele me olhava todo contente.
Matheus: Vocês ficam muito bonitos juntos!
Gabi: Formam um belo casal, não é, amor?
Matheus: Só não mais que nós dois.
Eu: Ahhhh, meu Deus... parem com essa melação.
Resolvemos pagar a conta e ir para casa, só que antes eu pedi que Bruno me levasse no Mc Donalds para eu comprar um milkshake, depois seguimos em direção ao meu prédio. Gabi e Matheus desceram e eu fiquei com Bruno no carro.
Bruno: Não queria te deixar ir.
Eu: Dorme aqui esta noite.
Bruno: Sério?
Eu: Sim! Mas é só para dormir mesmo. Não estou te chamando para transar.
Bruno: Eu sei, eu sei. Juro que isto não passou pela minha cabeça.
Eu: Nem na minha, mas eu quero sua companhia.
Bruno: Eu também quero a sua companhia, porém todos os dias da minha vida. - Nos beijamos. Eu ficava sem graça todas as vezes que ele falava essas coisas.
Eu: Vou pedir para o porteiro abrir o portão da garagem para vc guardar o carro na minha vaga. Hoje Matheus veio sem carro, então a vaga tá livre.
Deixamos o carro na garagem e subimos.
Gabi: Olha quem vai dormir aqui. - Bruno ficou sem graça. - Eu já vou dormir. Boa noite para vocês! Se comportem!
Eu: Cala a boca! Rs.
Fomos para o quarto, deixei tudo arrumado para Bruno no banheiro, peguei uma escova de dentes nova. Ele foi tomar banho, depois, quando ele saiu, fui tomar o meu.
Eu: Está com fome? Quer alguma coisa?
Bruno: Não, eu já escovei meus dentes. Obrigado!
Eu: Vou na cozinha pegar água. - Assim fiz.
Bruno: Se importa se eu dormir só de cueca? - Me perguntou quando voltei da cozinha.
Eu: Não. Fique a vontade. Eu também durmo de cueca, porém vestindo uma regata. Não consigo dormir sem camisa.
Bruno: Eu só durmo assim.
Ele ficou só de cueca em minha frente e eu não tive como deixar de admirar aquele corpo maravilhoso de lindo. Tudo no lugar, cada músculo, cada gominho daquele abdome. Diferente de Thiago, que malhava, mas muito do seu corpo era por conta do surf. Bruno também surfava, mas se dedicava muito à academia. Liguei o ar condicionado, mas antes de deitarmos para dormir ele me puxou para um beijo. Que beijo gostoso, gente! Ele me segurou com uma mão na minha cintura e a outra ele colocou na minha nuca. Foi um beijo com muito carinho, muito afeto. Ficamos nele por alguns minutos.
Eu: Vamos dormir?
Bruno: Vamos sim. Queria ficar conversando mais com você, mas estou morrendo de sono.
Eu: Eu também estou com sono.
Deitamos para dormir, ele me abraçou em uma conchinha e, mesmo sendo algo que não gosto muito e acho um pouco desconfortável, acabei dormindo ali aninhado a ele, de tão cansado que eu estava.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Você acredita em vida depois do amor?
Short StoryEsta história é a continuação do conto "O Veterano dos Sonhos". Para quem não conhece, sugiro que primeiro o leia para depois iniciar esta nova história. Será que Phelipe vai superar todos os desafios vividos no seu antigo relacionamento?