Capítulo 24

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Na segunda-feira após o final de semana que fomos para a balada, eu estava no colegiado conversando com as funcionárias e resolvendo a minha vida acadêmica e Thiago aparece por lá. Deu para perceber que ficou um pouco surpreso, pois não esperava me encontrar.

Thiago: Oi, Phelipe!

Eu: Oi, Thiago.

As funcionárias ficaram olhando para nós dois, pois sabiam que fomos namorados e também as tretas que rolavam nas festas, que outros alunos contavam.

Thiago: Tudo bom?

Eu: Estou ótimo! - Não quis perguntar como ele estava.

Thiago: Eu vim resolver umas coisas da matrícula no mestrado.

Eu: Beleza. - Não dei muita importância. - Meninas, depois eu passo aqui. Vou falar com minha orientadora e confirmo tudo com vocês depois. Tchau.

Funcionárias: Tchau, Lipe! - Falaram juntas. Eu saí do colegiado.

Thiago: Phelipe, será que a gente pode conversar? - Ele saiu da sala e veio atrás de mim.

Eu: A gente não tem o que conversar, Thiago.

Thiago: Só um minuto.

Eu: Fale. Você tem apenas um minuto então.

Thiago: Aceita minhas desculpas, por favor! Nunca me arrependi tanto por algo como me arrependo de tudo que fiz contigo, do tanto que te magoei. - Seus olhos lacrimejavam.

Eu: Eu não posso mudar isso, Thiago.

Thiago: Pode sim, me desculpando.

Eu: Cara, eu já te perdoei, mas não vou esquecer. Tanto que te perdoei que estou aqui conversando contigo.

Thiago: Eu te amo tanto, Phelipe! - Eu o olhei com uma cara um pouco irônica.

Eu: Sem este drama, Thiago! Por favor!

Thiago: Acredita em mim!

Eu: Eu não tenho em que acreditar, Thiago! Estou vivendo minha vida, estou feliz com meu namorado, me sinto amado de verdade.

Thiago: Não se sentia amado por mim?

Eu: Chegou um momento que não mais. Chegou um momento que percebi que eu me doava mais, que eu amava mais. - Ele já chorava.

Thiago: Eu só queria mais uma chance.

Eu: Você teve esta chance. Você teve o melhor de mim. Você teve um companheiro maravilhoso. Espero muito que você encontre alguém como eu fui para você, pois se depender do seu namorado, você não terá.

Thiago: Eu e Pedro não estamos mais juntos há algum tempo.

Eu: Imaginei isto quando te vi na San, mas não era da minha conta.

Thiago: E então...?

Eu: O que, Thiago? Você acha que existe alguma chance de voltarmos? - Chorava mais. - Eu amo Bruno, Thiago! Eu estou feliz com ele, quero construir minha vida com ele. Estamos morando juntos. Não existe a possibilidade de nós dois termos algo. Você vai encontrar alguém legal, que te ame, que você vai amar, que vai te fazer feliz. Agora tenho que ir. Tchau, Thiago.

Thiago: Me dá um abraço, por favor!

Eu: Não força a barra, Thiago!

Thiago: Por favor!

Eu cedi e o abracei. Ele chorava mais alto enquanto me abraçava. Me apertava forte. Uma funcionária do colegiado até chegou na porta para ver o que estava acontecendo.

Eu: Preciso ir, Thiago. Vai no banheiro lavar seu rosto. Fica bem. - Deixei ele lá, respirei fundo e segui para o laboratório.

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