O período de estágio foi tranquilo, enquanto eu estava na faculdade fazendo minha carga horária Bruno fazia o seu curso. Achamos uma academia, ele passava na faculdade para me pegar e irmos malhar. Tudo o que fazíamos era perto, então quase todos os lugares que íamos era a pé. Era uma sexta-feira, chegamos no apartamento depois do treino.
Bruno: Quer ir numa balada hoje, amor?
Eu: Pode ser.
Bruno: Tá afim mesmo?
Eu: Estou sim. Nunca mais saímos.
Chegou a noite, fomos tomar um banho, aproveitamos e transamos no banheiro. Na correria do dia a dia, tinham uns três dias que não transávamos. Bruno me fez gozar muito e duas vezes. Coloquei uma calça skinny clara, uma camiseta básica branca e meu Nike com detalhe amarelo. Bruno foi semelhante, porém com uma camiseta preta.
Bruno: Você está lindo, meu amor! - Me puxou para me dar um beijo.
Eu: Você também está um gato, meu príncipe!
Descemos e fomos até a praça de táxi que tinha na esquina e seguimos para a balada, que eu não lembro o nome. Diferente da San que sempre tínhamos o nome na lista, nessa pegamos fila para comprar as entradas, pois não conhecíamos ninguém. Fizemos amizade com três amigos que estavam na fila também e ficamos juntos lá dentro. Um lugar legal e bem divertido, porém observei que as gays de São Paulo são mais atiradas e não são de respeitar muito mesmo se você estiver de casal e aí, para deixar minha noite "maravilhosa", um cara começou a dar em cima de Bruno. Ele chegou e falou alguma coisa no ouvido do meu boy, que fez uma cara de negação e segurou seu peito com a mão para se afastar. Eu não fiz nada, apenas observei, já que Bruno tinha resolvido sozinho.
A noite foi passando, a festa continuando animada, os caras já sem camisa. O mesmo cara, já sem camisa também, veio mais uma vez falar com Bruno, que se esquivou e estendeu o braço para ele não se aproximar. Bruno já olhou para mim e viu que eu não estava nada satisfeito e com pouquíssima paciência. Ele sabia que eu não reagiria bem em uma próxima vez.Bruno: Calma, amor... relaxe! - Eu só o olhei com uma cara de nada satisfeito. Ele me abraçou e me deu um beijo.
Passou mais um tempo, a gente aproveitando a festa junto com o pessoal que conhecemos, o cara aparece mais uma vez e fica olhando para Bruno, que já olhou para mim. Ele se aproximou e foi chegando em Bruno colocando a mão em sua cintura. Fui em sua direção, direto no seu pescoço e apertando. Ele se assustou e me empurrou. Bruno me puxou para perto.
Cara: Está louco, viado?
Eu: Louco está você, seu filho da puta! Não ouviu ele dizer que tem namorado? Respeite a gente, otário!
Cara: Não se garante não, mano?
Eu: Chega mais perto para você ver o quanto me garanto!
Bruno: Vaza daqui, cara! Já disse que não estou afim. - Ele saiu dando risada. - Amor, não vale a pena.
Amigo: Bixa, você só é pequeno, mas é valente.
Bruno: Até demais! Você sabe que não precisa se preocupar, não é?
Eu: Ele foi inconveniente mesmo com você falando que não estava afim. Você sabe que não tenho paciência nenhuma.
Amigo: Eu não julgo, pois faria o mesmo.
Eu: Só estava cuidando do que é meu. - Bruno riu e me beijou de novo.
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Você acredita em vida depois do amor?
Short StoryEsta história é a continuação do conto "O Veterano dos Sonhos". Para quem não conhece, sugiro que primeiro o leia para depois iniciar esta nova história. Será que Phelipe vai superar todos os desafios vividos no seu antigo relacionamento?