Capítulo 3

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POV

=====> Regina < =====

Enquanto Emma procurava por uma vaga no estacionamento, olhei através da janela do carro e vi um muro alto e escuro que tomava todo o quarteirão. Quando o barulho do fusca cessou finalmente, desci do carro imediatamente, sentindo o alívio em meus ouvidos. No instante seguinte, Emma já estava parada bem na minha frente, com um sorriso tímido no rosto, e percebi que ela pretendia abrir a porta do carro para mim. Eu não estava acostumada com esse tipo de gentileza, então apenas sorri em agradecimento, sem ter o que dizer a seguir. Ela sorriu de volta e começou a caminhar em direção ao muro, no outro lado da rua.

— Vem, a entrada é logo ali — Disse ela, prestes a atravessar a rua.

O estacionamento estava cheio, e isso me fez pensar no tipo de estabelecimento que estaria tão lotado naquele horário numa cidade tão pequena como aquela. Quando as opções vieram à minha mente, travei no lugar sem conseguir dar um passo sequer. Quando ela notou que eu ainda estava parada junto ao fusca, virou-se para mim, claramente confusa.

— Senhorita Swan, de que tipo de diversão você gosta? — Perguntei, antes que ela dissesse algo. — Sabe que sou casada, não é?

Emma não respondeu de imediato, ela parecia estar pensando na pergunta que eu tinha acabado de fazer, mas no momento em que entendeu o que eu estava tentando dizer, começou a rir e o riso logo se transformou em gargalhadas, o que fez meu rosto esquentar pela vergonha que estava sentindo.

— Não é desse tipo de diversão que estou falando, Sra. Mills — disse ela, quando conseguiu se conter. — Me diga, o tipo de lugar que você está imaginando permite a entrada de crianças?

Ela apontou para um casal com duas crianças que não poderiam ter mais que dez anos de idade, caminhando na direção do local para onde ela pretendia me levar. Senti meu rosto esquentar ainda mais, enquanto negava com a cabeça, fazendo-a rir mais um pouco, antes de finalmente começarmos o caminho para a entrada daquele misterioso lugar.

Assim que chegamos, não pude deixar de notar o letreiro enorme e colorido: "PARADA OBRIGATÓRIA". E, bem acima do guichê da bilheteria, havia uma placa que dizia "Aqui a sua diversão é nossa obrigação!". Um homem alto entregou um cartão de consumo para cada uma de nós, dando-nos as boas-vindas. Atrás dele, havia uma porta espelhada que não me permitia ver o que havia lá dentro. Totalmente tomada pela curiosidade, segui Emma até lá e, quando ela a abriu e finalmente pude ver aonde ela havia me levado, meu queixo quase caiu de incredulidade.

Havia uma grande área descoberta, de onde eu podia ouvir o barulho de carros. Seria uma corrida, talvez? À minha direita, havia umas dez ou doze pistas de boliche. À esquerda, as mais diversas máquinas de jogos de simulação, de mira, de pebolim, entre muitas outras coisas que eu nunca tinha visto na vida. Mais para frente, ainda à esquerda, dava para ver a escada que levava ao piso superior, e uma placa informando que lá havia uma sala de sinuca e outra para jogos de cartas.

— Uau! — foi tudo que consegui dizer, e meu tom demonstrava mais surpresa e alívio do que eu gostaria.

Emma riu, enquanto observava atentamente a minha reação.

— Então, o que achou, Sra. Mills?

— Confesso que estou surpresa, e me sentindo uma adolescente que acabou de fugir de casa para ir ao fliperama — Respondi, com sinceridade.

— Às vezes, faz bem sair um pouco da realidade — Ela respondeu, me lançando um olhar tão profundo que acabou abalando um pouco a minha estabilidade, e só percebi que viajei naquele olhar esverdeado quando a ouvi continuar: — Vamos começar pelo boliche?

Jogo do Destino | SwanqueenOnde histórias criam vida. Descubra agora