III

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O Naitendei já estava cheio quando o moreno chegou, de cabelos úmidos e vestindo a camisa preta que era a melhor que tinha no guarda-roupa. Os olhos de Kelvin brilharam ao ver o amado aproximando-se. Quando Ramiro chegou mais perto, o loiro viu que ele tinha uma sacola nas mãos.

- Meu amor! - o cantor suspirou, mas seus olhos pareciam buscar a embalagem que o maior carregava.

- Noite, meu Kevinho - o peão olhou em volta, cheio de vontade de beijar o namorado, mas sentindo-se intimidado com todas aquelas pessoas no ambiente.

- E essa sacola? - o loiro não aguentava de curiosidade.

O mais velho sorriu como um menino ansioso:

- É uma supresa pra ocê. Mas posso entregá lá dentro?

Kelvin puxou o namorado pela mão, e correram para o quarto do cantor cheios de expectativas. Quando entraram e fecharam a porta, Ramiro puxou o seu pequetito pela cintura e juntou seus lábios aos dele como se tivesse sede. Como se fosse uma saudade de dias. Só interrompeu o beijo ávido quando precisaram respirar,

- Nossa, Rams, nem parece que a gente se viu hoje de manhã...- sussurrou o loiro ainda meio sem fôlego.

- Cada minuto longe docê é muito - justificou o peão, olhando para os lábios do outro ainda cheio de desejo.

O mais novo abriu um sorriso realizado. Mas estava inquieto:

- E a surpresa?

Ramiro estendeu a sacola, muito orgulhoso, e afastou-se um pouco para observar bem as reações do amado:

- Comprei pra ocê.

Kelvin pegou o pacote de presente e foi desfazendo a fita com cuidado, enquanto mordia o lábio. Quando tirou de dentro o ursinho, ficou maravilhado:

- Awn, que coisa mais fofa! - balbuciou com os olhos brilhando.

O peão enroscava os próprios dedos, ansioso:

- Gostou mesmo?

- É lindo! - o cantor confirmou, admirando o bichinho com ar de encantamento.

O maior chegou mais perto de novo e encarou o namorado com um olhar muito apaixonado:

- Ocê diz que sou seu ursinho... assim vai pensar em mim quando estiver aqui no seu quarto.

Kelvin sorriu de um jeito de quem estava se derretendo:

- Acha que eu preciso de ajuda pra isso? Mas eu amei o presente! Vai ficar aqui do meu ladinho - ele avisou, ajeitando o ursinho na mesinha de cabeceira. Franziu a testa, de repente lembrando que o mimo não era barato, porque ele conhecia a única loja que vendia aquele tipo de bichinho

- Você gastou dinheiro comigo, Rams, não precisava...

- Não foi por precisão, mas por querê. E ocê já fez tanto por mim! - justificou Ramiro com ternura.

- Mas eu não faço pra receber algo em troca... Faço porque amo meu Rams! - afirmou o loiro, envolvendo o pescoço do parceiro com seus braços.

- E também amo meu Kevinho... tanto, tanto - balbuciou o outro, aproximando os lábios novamente para mais um beijo cheio de paixão.

Sem largar a cintura de Kelvin, o peão foi percorrendo com beijinhos o caminho entre a boca e a orelha do pequetito, até conseguir perguntar bem junto do ouvido:

- Ocê qué dormi no quartinho de novo, garradinho?

Todo arrepiado e com a voz saindo com dificuldade, o loirinho sugeriu:

Garradinho, garradinho...Onde histórias criam vida. Descubra agora