XVI

697 42 21
                                    

- A-aqui, Kevinho? E se alguém vê? - Ramiro até gaguejou, seu corpo pedindo pela conexão e sua mente achando imprudente.

- Ninguém vai ver, estamos com água até o peito - o cantor enlaçou o parceiro pelo pescoço e disse num tom de criança atentada, com aquele olhar atrevido que atiçava demais o grandão.

- Ah... sei não - o moreno tentava resistir, mas as mãos já apertavam a cintura branquinha, cheias de desejo.

Kelvin virou de costas e roçou a bunda no volume duro do marido, pedindo de um jeito que parecia um miado:

- Vem...

- Não vai te machucar? - o mais velho já estava ofegante e apertando a ereção contra a bunda de pêssego.

- Nunca transei no mar, mas acho que não. Tô com tanto tesão - o loiro balbuciou meio gemendo.

- Ocê pediu... - Ramiro avisou quase rosnando, enquanto abaixava a sunga para liberar o pênis muito ereto. Brincou um pouco com a glande na entrada do marido, que realmente estava cheio de vontade, porque parecia querer sugar o pau moreno para dentro de si - Ô pequetito gostoso... - ele murmurou, enquanto avançava com o membro, descobrindo que a água ajudava a deslizar para dentro do "buraquinho gostoso". Conforme penetrava, segurava mais forte o corpo pequeno contra o seu, para que os movimentos fossem discretos. Mexia com gosto o quadril, mas tentava permanecer com os braços firmes em torno do peitoral branco, enquanto dava mordidas e beijos no pescoço delicado. Instintivamente uma das mãos desceu até a virilha do parceiro, baixando o necessário da sunga dele e agarrando o membro rígido. Como numa dança, Ramiro coordenava os movimentos da penetração com o ritmo da masturbação. A adrenalina aumentada pelo risco de serem vistos fez com que o êxtase viesse rápido para ambos, quase sincronizados. O maior desencaixou-se e agitou a água para que as manchas de gozo se misturassem logo, antes que subissem à superfície. Kelvin parecia em um transe ainda, deixando o corpo flutuar. Depois de olhar ao redor e certificar-se que ninguém tinha percebido a traquinagem deles, o moreno puxou o marido para junto de si, selando o momento com um beijo gostoso misturado com risos.

- Ocê é doido, pequetito. Mas que doidera boa - balbuciou o mais velho entre os beijos.

- Deliciosa - devolveu o baixinho, saboreando a palavra.


- Que banho demorado, hein... - comentou Luana num tom malicioso, quando os rapazes retornaram à mesa - Já acertamos a conta, depois vocês fazem um pix pro Rodrigo.

- É que o mar tava tão gostoso, né, amor? - Kelvin retrucou, trocando um olhar cúmplice com o esposo.

- Tava demais - Ramiro deu uma risadinha sapeca, e abraçou o baixinho por trás, alcançando o pescoço branquinho com os lábios.

- Quero nem saber o que vocês fizeram naquela água. O que eu quero é voltar pro hotel, tomar um bom banho e botar meus pezinhos pra cima. Tô exausta - resmungou a amiga, jogando a própria bolsa no ombro.

Rodrigo fez um carinho no rosto dela, e foi descendo com os dedos pelo pescoço até pressionar entre os ombros:

- Vou te fazer uma massagem bem caprichada, minha deusa.

- Nós que somos os açucarados, né? - cochichou o loiro para o marido, com um risinho.


Quando entravam no hotel, o celular de Rodrigo deu sinal de mensagem. No elevador, ele leu o recado e partilhou:

- Meu colega daqui do Rio está convidando pra irmos amanhã na Pedra do Sal. Diz que é a melhor roda de samba que a gente vai conhecer. Vamos, preta?

- Ah, já tô doida pra me jogar no samba - Luana rebolou empolgada.

Garradinho, garradinho...Onde histórias criam vida. Descubra agora