VIII

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- Tá tudo bem, meu amor? - Kelvin tinha medo de assustar o namorado, porque sabia que era tudo novo para ele.

O maior sorriu, com a respiração acelerada:

- Tá, ô se tá... Faz de novo o que ocê fez agora?

- Assim? - o mais novo pressionou a próstata do parceiro outra vez.

O ex-peão se contorceu, empinando mais aquela bunda enorme:

- Eeeeeé... Isso é bão, é muito bão...

- Pode ficar melhor ainda, se eu colocar mais um dedo - o loiro estava ficando muito excitado com aquelas reações do parceiro.

- Bota logo - Ramiro pediu num tom manhoso mas ao mesmo tempo bem seguro do que queria.

Com um sorriso sapeca na cara, Kelvin tirou o indicador e lentamente introduziu de novo junto com o dedo médio, devidamente lubrificados. Ia movimentando os dedos e sentindo o parceiro pouco a pouco ficando mais largo, de um jeito convidativo. O cantor sentia o próprio pau pulsando com uma intensidade que ele nunca tinha experimentado antes. Por mais experiência que o rapaz tivesse como ativo, jamais tinha desejado tanto penetrar em alguém. Sentia-se quase febril de tanto tesão, e os gemidos cada vez mais altos de Ramiro deixavam o baixinho ainda mais incendiado. Mas ele não ousaria pedir... quando o maior se sentisse à vontade, realizaram juntos esse desejo. O loiro estava meio perdido naqueles pensamentos, e foi "trazido de volta" pela voz do namorado:
- Kevinho, Kevinho... - Ramiro olhava para o parceiro de canto de olho, como um menino tímido

- E se ocê colocá o..., sabe? Será que eu consigo?

Kelvin não precisou mesmo da palavra para entender o que o moreno queria, seu olhar dizia claramente. O mais novo abriu um sorriso iluminado:

- Rams, Rams, você quer que eu te coma?

- Acho que eu quero...- murmurou o outro, cheio de expectativa.

O pequetito sorriu mais largo, de um jeito que deixava seus olhos quase fechados:

- Ahhh, você não sabe o quanto sonhei com isso. Quer seu Kevinho dentro de você, quer? - ele perguntou com uma voz sedutora, enquanto roçava o pênis na entrada do maior.

E Ramiro deu a resposta com aquela sinceridade pura que só ele tinha:

- Quero sentí ocê de um jeito que nunca sentí antes.

Kelvin soltou um suspiro:

- Até pedindo pra ser fodido, você é romântico. Meu ursinho fofo... e gostoso - ele colocou a camisinha com rapidez, lambuzou a "portinha" com bastante lubrificante, encaixou o membro, e avisou - Vou entrar, então. Com muito cuidado com meu Rams - e foi introduzindo o pau, observando as reações do namorado, percebendo que ele tentava disfarçar o desconforto, porque as sensações boas eram superiores. Quando ficou todo dentro, sussurrou - Tá doendo, meu amor?

- Um pouco, mas é bom - o ex-peão afirmou num fio de voz.

- Posso me mexer, então? - o loiro questionou com a fala meio rouca.

O mais velho confirmou de um jeito de quem parecia estar derretendo:

- Vai... Te amo, meu Kevinho.

- Também te amo - retribuiu o pequetito, emocionando-se por um momento. Mas a sensação do corpo do seu amado apertando seu membro fez com que só uma atitude fosse possível naquele momento - Sente seu coelhinho te amando... - balbuciou, enquanto rebolava cuidadosamente provocando gemidos quase sincronizados de ambos.

Kelvin ajeitou a posição de Ramiro para ficar mais confortável. Aquela bunda farta dava trabalho, mas o cantor jamais reclamaria disso. Era tão bom sentir seu Rams daquele jeito, tão apertado, pressionando gostoso o pau rosado. Quando certa vez disse que era quase virgem, o rapaz não estava mentindo. Com os clientes a coisa era tão mecânica que ele nem sentia prazer, só vontade de terminar logo. Foi só com seu ursinho que o loiro realmente descobriu como o sexo podia ser prazeroso, muito mais do que ele imaginava. E naquele momento, era algo quase transcendental. Os corpos perfeitamente encaixados, mesmo com a diferença de tamanho. Os movimentos na cadência exata, como se já tivessem sido muito ensaiados. Diversas sensações ao mesmo tempo, arrepios dos pés a cabeça, um leve tremor que os percorria como ondas, e aquela impressão de serem encharcados de prazer. Kelvin mudou a posição, indo para o meio das coxas enormes, que por mais abertas que estivessem ainda roçavam no quadril branquinho. Depois de reajustar o encaixe, inclinou-se para conseguir alcançar a boca do amado,que se curvou um pouco e as línguas também entraram naquela dança deliciosa. Misturando os beijos com gemidos, explodiram juntos. Como estavam colados, o gozo de Ramiro lambuzou os ventres de ambos, numa bagunça deliciosa que fez os dois rirem com uma alegria incomparável. Kelvin saiu de dentro do parceiro e aninhou-se naquele peito moreno que era praticamente um travesseiro - o melhor de todos. Estavam suados e melados, mas nenhum dos dois tinha condição de levantar para o banho. O cantor acariciou a barba do namorado e perguntou de um jeito quase ronronante:.

Garradinho, garradinho...Onde histórias criam vida. Descubra agora