VI

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O maior apenas balançou a cabeça, segurando o pênis entre os lábios com vontade e encarando o outro com os olhos de quem suplicava por aquilo. Aí Kelvin não resistiu mais. Quando Ramiro sentiu o fluido quente em sua boca, fez uma caretinha fofa, de um estranhamento com algo novo, mas que não era ruim, e permaneceu firme recebendo o leite. Deu uma engasgada pela falta de costume, mas só largou o pau rosado quando sentiu que tinha engolido tudo. Então deitou-se na cama, com os olhos arregalados, com uma avalanche de sensações novas invadindo seu corpo, uma alegria inédita, de quem sentia-se mais livre do que nunca. De repente, virou o pescoço para olhar para o namorado, parecendo ainda mais apaixonado:

- Kevinho, eu fiz bem? Ocê gostou?

O loiro sorria do jeito mais iluminado que o amado já tinha visto:

- Foi maravilhoso, Rams - afirmou com a voz açucarada - Uma delícia...

- Eu gostei também de fazê. Nunca pensei que fosse de fazê isso um dia, mas achei tão bão, é quase como lambê um doce - o peão explicava de seu jeito muito sincero, enquanto acariciava o rosto do outro com as pontas dos dedos.

- Ah, é? - Kelvin estava maravilhado de ver o parceiro tão entregue.

- Mas ocê é mais gostoso que qualqué doce! - acrescentou Ramiro com um risinho meio tímido.

- Adoro ouvir você falando assim, tão soltinho - o mais novo estava realmente encantado.

O moreno puxou o namorado para seus braços e respondeu olhando nos olhos dele:

- Foi ocê quem me deixô assim.

- Não, Rams. Você quis mudar, enfrentou as dores desse processo, como um bicho que troca de pele, sabe? - o cantor rebateu com suavidade.

Ramiro abriu um sorriso enamorado:

- Foi por causa desse amor, que é tão grande que quase nem cabe aqui dentro - ele botou a mão no próprio peito - O amor pelo meu Kevinho.

Kelvin sentiu os olhos marejando e murmurou com a voz meio embargada:

- Que bom que você aprendeu a amar e ser amado...

- E eu só quero amar ocê. Não quero mais ninguém nessa vida - o peão afirmou tocando com o polegar o rosto do namorado com delicadeza.

- Eu também - balbuciou o loirinho, com os lábios quase já juntos aos do outro.

O beijo foi intenso e profundo. Começaram devagar, sentindo a conexão maravilhosa de suas línguas, mas logo pareciam querer mergulhar na boca um do outro, enquanto os corpos se enroscavam como se pudessem se fundir. Ramiro sentiu a calça esticar de novo, e liberou as mãos para tirar a peça, sem parar de beijar seu Kevinho:

- Ê, melhor assim! - resmungou ao conseguir ficar nu.

- Delícia... - sussurrou o loiro, ao olhar para aquele pau grande, muito ereto e com a cabeça brilhando pela lubrificação que já saía.

- Cê gosta, né - disse o peão quase num rosnado, enquanto esfregava o pênis duro na bundinha de pêssego de que tanto gostava.

- A-do-ro - cada sílaba mais pareceu um gemido manhoso.

O maior deu mordidinhas no pescoço no parceiro, enquanto o provocava passando o membro na divisão das nádegas e avançava roçando a glande na "portinha". Com a respiração ofegante, Ramiro aproximou os lábios do ouvido do mais novo:

- Deixa eu entrá em ocê?

Kelvin, já meio atordoado de prazer, só esticou o braço para alcançar o lubrificante e o preservativo na mesinha de cabeceira, e os entregou ao moreno:

Garradinho, garradinho...Onde histórias criam vida. Descubra agora